domingo, 31 de outubro de 2010

Varela LIBERDADE!

O camarada Pedro Varela Geiss, está a piques de ingressar em prisom por primeira vez para cumprir umha condena por difundir o ideário Nacional-Socialista em livros, que segundo a "justiça" som ideias genocidas que edita e vende.

Já em Março umha juíza condenou a dous anos e nove meses de prisom ao camarada Varela, , a sentença condena-o também ao pago dumha multa de quase 3.000 euros e ordea a destrucçom de todos os livros e objectos incautados na livraria, como o busto do Führer, umha esvástica de ferro, cascos militares, fotografias e carteis de temática Nacional-Socialista.

Esta juíza de Barcelona (Gothalaunia) decidiu nom conceder-lhe a suspensom da pena dum ano e tres meses de cárcere e ordenou que se proceda a sua detençom e ingresso num centro penitenciário. A decisom pode ser recorrida pelo imputado.

O importante é que nom afunda psicologicamente, algo do que estamos convencidos que nom ocorrerá. Desde o M.R.A. Gallaecia solidarizamo-nos e apoiamos a Pedro e a sua Livraria, ponta da lança e resistência do nosso pensamento dende há muitos anos.


sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Álvaro das Casas e os Ultreia



Nos derradeiros anos, certos grupinhos mal chamados "nacionalistas" com certo cheirinho a marxismo e também liberalismo, pretendem deturpar a história dum dos grupos históricos mais achegados ao nosso ideário. Teremos que lembrar-lhes meiante a história, quem é o que tem que reclamar o legado ideológico dos Ultreia e Alvaro das Casas.

A Dom Álvaro das casas, como a outras figuras do Nacionalismo Galego, pretende-se apagar desse grande mapa que é a história do nosso país. Há quase 10 anos cumpriu-se o centenário do seu nascimento e também o ciquenta aniversário da sua morte. Tais datas nom fórom aproveitadas para a merecida homenagem que das Casas merece e os poucos textos publicados distam muito tanto da qualidade como da quantidade necessárias para dar a conhecer umha figura tam maliciosamente esquecida. Realmente há que dizer que era preferível aguardar 50 ou 100 anos mais, que ter que ver as injúrias e manipulaçons descaradas que lamentavelmente produzirom-se. Um livrinho, que por pouco nom fica em pasquim, de Francisco Abeijóm Nuñez e algum que outro artigo, nom puidendo deixar de citar ao de Uxio-Breogám Diegues Cequiel, que destacam pela sua manipulaçom esquisitamente implícita.

Quando se fala de Álvaro das Casas é curioso como a sua existência semelha rematar precisamente no ano 36, quando se translada ao Estado Português. De aí em adiante é tudo mistério. Mas comecemos polo princípio. Álvaro das Casas Branco nasceu em Ourense o 2 de Julho de 1901, filho do advogado Jose Casas Gonçalves e Antónia Branco Nieto, distinguida família originária de Sabuzedo de Montes (Cartelhe). Pola parte paterna o doutor é licenciado em direito Joám Bautista Casas Gonçalves, canónico da catedral de Ourense e governador eclesiástico da Habana.

Trás criar-se em Ourense, foi estudar Filosofia e Letras em Valladolid (Castilla), rematando em 1920 com prémio extraordinário de literatura. Durante o curso 1921-22 ingressou como Mestre Ajudante e um ano mais tarde participou na guerra do protectorado do estado espanhol em Marrocos. Rematado o enfrontamento bélico transladou-se a Madrid, acadando o doutorado em Filosofia mentres impartia classes de língua e literatura portuguesas na Escola Superior de Polícia. Entre os anos 1924 e 1925 foi secretário do alcaide de Madrid (Castilla), o Conde de Vallellano. Tinha, segundo alguns umha singular e pinturesca personalidade: Criador de Ordens de Cavalaria , Os infançons de Illescas, possuidor de importantes títulos e condecoraçons... "(Fernández Maza,1984)". O seu gosto pola nobreça e a épica levou-no a escrever várias novelas de cavalaria em estes anos mas as suas relaçons com galeguistas ourensans, especialmente com os jornalistas de "La Zarpa", fam que se converta em um dos mais ferventes luitadores e propagandistas do nosso Nacionalismo.

O 12 de fevereiro de 1928 casou com Maria Natividade Ulhoa Sotelo. Esse mesmo ano marcha a Fregenal de la Sierra (Badajoz) a exercer como mestre de Geografia e História no instituto da vila, onde passará dous cursos.

Durante os anos 29 e 30 a sua actividade é incansável. Participa em juntanças e conferências por todo o país: Chantada, Mazeda, Carvalhinho, Vigo (na Festa da Raça do 25 de Julho de 1930). Escreve artigos em "La República" e "La Zarpa" (em umha desta publicaçom pide ao alcaide de Ourense, o Sr. Junquera, que a bandeira galega pendure no balcom da Casa Consistorial) e pujo-se ao fronte da protesta que impediu um acto de José Antonio Primo de Rivera e Calvo Sotelo.

Em 1930 chega a Noia cobrindo a mesma cadeira no instituto, que começava seu terceiro curso. Antes da proclamaçom da República, em 1931, das casas já iniciara sua actividade política aparecendo como assinante do manifesto Fundacional da Irmandade Galeguista de Noia.

Mais tarde, em Abril de 1931, já forma parte da "Junta provincial republicana" presidida por Germán Vidal.

Da mam de Risco e Otero Pedrayo colaborará no Seminário de Estudos Galegos, publicará numerosos artigos e livros e participará na criaçoms da Associaçom de Escritores Galegos, sendo seu primeiro primeiro Secretário Geral. Trâ-la VII Assembleia Nacionalista, celebrada em Ponte-Vedra o 5 e 6 de Dezembro de 1931, funda-se o Partido Galeguista e das Casas formará parte do seu primeiro Conselho Ejecutivo.

No mês de Maio de 1932 é nomeado direitor do Instituto substituindo a D.Luis Vilanova. Um ano mais tarde será destituido deste cargo a causa da sua conferência "Verbas aos moços Galegos. O Movimento Universitário", no Paraninfo da Universidade de Compostela do 9 de Março de 1933. 23 catedráticos instárom ao reitor a abrir-lhe um expediente por considerarem que suas verbas atentavam o estudantado à violência. A pesares das mostras de solidaridade mostradas desde todos os recunchos da Galeguidade. Das Casas fazia um apaixoado chamamento à mocidade universitária para que abandona-se o seu nihilismo: "A nossa mocidade ten que porse na emozón dos ourizontes patrios…para a gran tarefa de restaurar a Galiza doutrora, soberán dos seus destinos, xogando na órbita de tódolos pobos, luceiro con luz propia na constelación de tódalas patrias…"

Aquele acontecemento cultural, que alporizara aos seitores mais republicanos da comunidade universitária, constituiu um revulsivo importante do que som exponhentes históricos os grandes “Ultreia” , Álvaro das Casas foi encarcerado um ano após.


Das Casas, com camisola dos Ultreia

O nome, Ultreia, tomou-no do Liber Sancti Jacobi ou Códice Calixtinus que se conserva na catedral compostelã, do hino dos peregrinos do século XII conhecido por “canto de ultreia” que começa com o verso Dum pater familias, tem a sua origem no caracter guerreiro, dos cruzados,
já que esta verba significa “mais alá!” ou “adiante!”:

Herru Sanctiagu! Got Sanctiagu! E ultreia!, e sus eia! Deus, adiuvanos!

A simbologia empregada polos Ultreia, ao igual que nós, era o trisquele galaico, desde o começo maila às opinions contrárias dos que nom lhes gostava pela manifesta semelhança com a "esvástica hitleriana", manteria-no até a sua extinçom da agrupaçom a partires do 18 de Julho de 1936.

"Concebín a ideia de crear os agrupamentos Ultreya libre de toda suxerencia; si acaso pensando no éisito que un tempo alcanzaron no noso país os eisproradores –xa totalmente desaparecidos- e na posibilidade de ispirar unha orgaización que, recollendo o esprito xuvenil daquelas tropas, se mantivese ao marxen de patrioteirías pueriles e de malsanas parodias castrenses. Coidaba que o intre era propicio: nosa mocedade, aburrida dos partidos polítecos, cansa de loitar por conquerir metas eiscesivamente fáciles, arelaba xuntarse nunha gran cruzada espritoal na que os obxetivos, por lonxanos, serían infinitamente máis cobizados. Outras orgaizaciós semellantes como Schokol ou Palestra na Iberia, conocinas despóis de estar en marcha, en prena realización, a miña ideia. Agora, sabendo como viven as xuventudes da Europa nova, estudado o intresantísimo libro en col da educación na Alemaña, síntome máis que nunca orguloso da miña obra e teño a certeza de que, continuando como hastra eiquí a miña patria será un belo eisempro".

"Distínguenos un triskele bermello que vai sempre sobre noso peito i-en cada unha das nosas bandeiras; o triskele é a eispresión do home correndo tal coal aparez nas nosas insculturas da prehistoria i-esí foi recollido nos seus estudos polo prof. R. Sobrino. Quer dicer dinamismo, marcha, avance, procura do noso ideal de máis alá. Un triskele que por outra parez recoller os tres temas fundamentais de noso orgulo de cidadáns galegos: fogar, raza e língoa"


Bandeira do Conselho dos Ultreia,
azul de feiçom Nacional-Socialista


Bandeira das Linhas Ultreia

Os quadros paramilitares estavam formados polas chamadas Linhas, de 264 rapazes cada umha, ou "doze dúzias" como eles diziam. Na carta da organizaçom diz no seu seu ponto 4º:

"Cada linha terá umha bandeira que será azul-galega e branca cum trisquele no meio, e levará em chefe um signo qualquer para se distinguirem umhas Linhas das outras. A bandeira do Conselho é toda azul com o trisquele cobrindo o campo da bandeira"



Mas voltemos atrás. A começos do 1932 criam-se os agrupamentos Nacionalistas de jovens "Ultreia", um dos mais importantes legados de das Casas. Ideados a semelhança doutros grupos europeios para a formaçom da mocidade, os uniformes brancos com o trisquele geométrico vermelho espalharom-se por todo o país chegando a contar em menos dum ano com 800 membros.

Dizia Ortega que “é unha ilusión pueril crer que está garantida nalgunha parte a eternidade dos pobos; da historia teñen desaparecido moitas razas como entidades independentes... É preciso que a nosa xeración se preocupe con toda consciencia, premeditadamente, organicamente, do futuro nacional” (Vieja y nueva política).

Foi, pois, aquela mocidade galaica dos Ultreia a que recolheu a mensagem orteguiana, a que protagonizou o compromisso com esta raça e com esta terra. Aos poucos daqueles ultreias que ainda gozam do privilégio de viver devemos-lhes dar protagonismo e ter em conta as suas opinions sobor do desenvolvimento de Galiza porque, coincidindo com Nietzsche, “só aquel que construi o futuro tem direito a julgar o passado”.



Numha inauguraçom dumha exposiçom de pintura de Mario Granell a qual visitam os Ultreia, Das Casas advirte ao grupo de quem esta personagem, sem por isso quitar-lhe méritos:

"O Granell está fala que te fala dándome un mitin, apropósito dos ultreyas. Dí que si todos os mozos galegos estivesen na nosa organización Galiza sería outro pobo, unha verdadeira nación como debe ser. O Granell é comunista, pero en moitas cousas ten razón. Eiquí temos de todo: rapaces de famílias de dereitas e das izquierdas, xentes de familias ricas e probes, pero nos levamos tan ben, aprezámonos tanto, que entre Nós non hai disgustos e todos somos como verdadeiros irmáns".


A causa das discrepâncias com a linha do PG, em parte também causadas pola sua política com os Ultreias, dara-se de baixa do Partido e no 25 de Julho de 1933 apresenta-se à sociedade galega umha nova organizaçom: Vanguarda Nacionalista Galega (VNG). Aparecerá nas ruas umha brochura intitulada Máis! Na que ademais de das Casas escrevem entre outros F. del Riego Manuel Beiras e Ramón Cabanillas. Chamam a luitar sem trégua pola liberdade absoluta do país galego...". A pesares das discrepáncias, a plana maior do PG está presente na conferência que baixo o título de " Terra, Raça e Língua" das Casas pronúncia o 16 de Fevereiro de 1933 em Ponte-Vedra. Nas eleiçons de Novembro de 1933 das Casas apresenta-se como candidato ao Parlamento espanhol acadando quase 10.000 votos que nom som suficientes para obter a acta de deputado.

O mesmo dia que se apresenta VNG representantes das 3 "nacionalidades históricas" assinam no Seminário de Estudos Galegos o Pacto de Compostela, primeiro passo para a criaçom de "Galeuzca". Álvaro das Casas, por Ultreya, junto com Bóveda, polo PG, forma parte da delegaçom galega. Trá-los acordos participa na viagem "tripartita" por terras galegas, euskeras e catalanas. Suas palavras no concelho de Barcelona tiverom grande repercussom, provocando a ira de vários deputados madrilenhos. O PG ,pouco soberanista e revolucionário para das Casas, andava nervoso perante o excesivo radicalismo e os sobresaltos dialécticos de das Casas durante o périplo.

"Para os galaicos que atraiçoam a pátria e servem a aqueles que nos repudiam e escravizam, para esses luita fera e sem acougo"

"Eu estou adicado em alma e vida a umha actuaçom política que nom me deixa ponto de repouso. Concentro tudas as minhas forças em batalhar pola minhaterra galaica que está por cima de todo. Nom descanso, cada semana percorro o país, escrevo artigos, pronúncio discursos, dou conferências"

Em Julho de 1934 nasce, baixo a direcçom e sustento económico de Álvaro das Casas, o Boletín de Estudos Polítecos Alento. Na primeira editorial explica-se que a revista para "ir precisando a mais limpa e reja ortodóxia nacionalista, em estes tempos tristeiros de vacilaçons e dúvidas". Participarom entre outros Vicente Risco, Joám Branhas, Augusto Casas, F. Del Riego, A. Igrejas Alvarinho, L. Manteiga, Seoane, R. Vilar Ponte, P. Pedret Casado, Pedro Piquer... A andaina de Alento rematará com o número tripla 10-11-12, correspondente ao trimestre Abril-Maio-Julho de 1935.

Rematado o curso 1935-36 realizará umha viagem pola Alemanha Nacional-Socialista desde onde enviou duas crónicas a "El Pueblo Gallego". Em um dos seus artigos manifestava sonhar "... com o dia no que Galiza esteja cheia de mastins afiados e bandeiras, nossa bandeira, tam leda e limpa".

Das Casas amosa-se fascinado pola Germânia N-S, acompanhado polo seu amigo Ramón Reboredo sinala con ledícia desde Bremen:

"A hospitalidade de Bremen é clássica e nós puidemos percebe-la bem. Presenciando um exercício das Hitlerjugend, o rapaz Heinz Haake percebeu que eramos forasteiros. No acto pediu autorizaçom e veu a ponher-se ao nosso serviço, brindando-nos execelente e cordialísima companha que nom esqueceremos jamais"

Com o estalido da confrontaçom armada de 1936 será destituido como mestre do instituto de Noia, fazendo-se efectivo o casamento o 12 de Agosto por mandato do delegado da ordem pública de Compostela, D. Fermím Álvarez de Mesa.

"Dous antigos soldados, ambos de Família humilde e pobre, de suficiente leitura e de extraordinária tempera combativa, surgem como líderes da nova revoluçom: Adolf Hitler na Alemanha e Benito Mussolini na Italia. Os dous formaram-se no Marxismo, os dous padeceram fome e perseguiçom, os dous tenhem umha profunda vocaçom intelectual, os dous demostraram nas trincheiras serem patriotas heroicamente abnegados.Em Munich i em Milam ouvem-se as primeiras arengas clamorosas e imperativas.- Socialismo, sim, mas nacional, sem chefaturas nem mandos estranhos; revoluçom, sim, mas nom subversom; ordem, sim, mas nom anarchia feita costume. O socialismo de Georges Sorel revive em eles fortalecido, acrysolado, adaptado em razom de tempo, lugar e procedimento; Mussolini declarou dever-lhe mais que a Nitzsche.

Na Europa abre-se umha nova era."

Protegido polos seus amigos do Instituto de Estudos Históricos do Minho, viajará até Viana do Castelo onde começa o seu exílio. No Brasil ocupou umha Cátedra na Universidade de Niteroi, dando numerosas conferências em diversos centros intelectuais financiadas polo Governo Brasileiro. Em 1939 fixa a sua residência em Buenos Aires e junto com Mariano Medina funda, baixo o mecenato da família argentina Menéndez-Braün, umhas das primeiras editoriais americanas. EMECÉ. Nela publicaram-se várias colecçons em galego (Dorna, Hórreo,...). Durante a década de 1940 aumenta consideravelmente sua obra escrita e impartirá numerosas conferências, muitas delas de forte conteúdo anti-comunista, por toda América do Sul.

"Quero unir a minha voz -clara, rotunda, viril- a esta grande manifestaçom da cidade que cantou hinos triunfais no seu avanço espléndido contra a horda comunista. Chegou o grande dia de Europa. Como nos tempos passados contra o perigo islâmico, que ameaça com demolir os eidos multifecundos das velhas pátrias, os povos que hoje tenhem consciência de si, e repudiam nefastas claudicaçons servis. As Espanhas som outra vez trincheira e clarim da Europeidade. Toca-nos viver umha das grandes horas na História da Humanidade. A guerra está iniciada e nom cabe descanso até esmagar para sempre o advesário. Na peleja está no jogo a Pátria, a Família, todo quanto mais podemos apreçar neste mundo. De nós depende que os estados Português e Espanhol voltem ser, como noutros tempos, categoria de primeiro orde no concerto dos grandes povos, ou pobres colónias russas ao ditado de qualquer assassino soviético, colónias misérrimas destinadas a sucumbir no pesadelo demoníaco de bolchevizar ao mundo"

"Se queredes comprehender a nova revoluçom europeia, temos de ver nos moços que seguem a Hitler e a Mussolini, tudo quanto ha além das preocupaçons nacionais, tudo quanto há de europeismo : a ilusom de restaurar nas artes cánones clássicos, de re-criar a cultura sobre bases de humanismo, de estructurar a vida em volta de princípios, de agrupar outra vez a Europa em ideais comuns"
"Se vos parades um momento a contemplar o avanço apocalíptico da onda vermelha, que trai consigo a bárbara civilizaçom dum mundo sem Deus, Ah! entom nom haverá um espírito nobre que nos aplauda sequer seja pola valentia da nossa sinceridade"

Em 1950, enfermo de gravidade, solicita o visado para viajar a Barcelona para ver a seu irmam Augusto. Embarca em Rio de Janeiro e durante a travessia sofre um ataque de hemiplégia complicando-se su falha de visom. À sua chegada, tivo que ser transladado em Ambuláncia, morrendo em Barcelona o 8 de Março de 1950. Seu cadaleito foi transladado à sua terra natal. Jaze soterrado em Sabuzedo de Montes, Galiza.

CELTIA

"Ei Armórica, Cornubia e Cambria,
Escocia, Eirín, Galicia
e a illa de Man.
Son as sete naciós celtas
fillas do rei Breogán.
Miña patria Galicia
ti és e ti serás
cos teus verdes agros
o máis quente fogar.
Son os sete cisnes brancos
fillos dos de Damiáns;
para tí, miña patria,
nos beizos un cantar,
nos peitos a ledicia
da nosa mocedá."

Hino dos Ultreia. A autoria do poema é atribuida a X.Filgueira Valverde.

ULTREIA

"A balandra dos ultreia
leva os coraçons por vela
navega cara o futuro
toda Galiza vai nela.

Toda Galiza vai nela
prensa do meu coraçóm
os mares forman trisqueis
em cada constelaçom.

Em cada constelaçom
ouve-se cantar umha estrela
velai vem a fror das naos
toda Galiza com ela."

Autor: Fermim Bouza-Brey

Mentres tanto e para rematar queriamos fazer umha sugestom aos marxistas e liberais, falsos nacionalistas, ponhendo umha cita do grande Vicente Risco, que de seguro entenderedes à primeira, e que podedes sentir-vos ameaçados se queredes.

"O Nacionalismo é fundamentalmente umha reacçom vital que se opom às forças destrutora da nacionalidade, sejam estas interiores ou exteriores, próprias ou alheias"

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Jornadas da dissidência em Castilla



O M.R.A. Gallaecia acudirá ao V festejo das Jornadas da dissidência, os dias 5, 6 e 7 de Novembro em Madrid (Castilla).

Ali estaram presentes camaradas de tudas as naçons ibéricas e do resto de Europa, entre eles pessoeiros nom N-S, mas devemos salientar o stand e a presença dos camaradas de Devenir Europeo e Pedro Varela.

A cultura, o debate e o planejamento de acçom a curto e a longo prazo seram as bases. Um forum de debate e de promoçom da cultura dissidente e revolucionária.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Economia Capitalista, Comunista, Fascista e Nacional-Socialista

Referente ao tema especifico com o que se titula este artigo, se ponhemos os modelos económicos por orde histórica, seria como exponhemos a continuaçom:

1. Capitalismo: É a forma económica da burguesia. Isto é "laisser faire" que quere dizer: "deixar fazer", isto é: Liberalismo. A sua forma política é a partitocracia (Governo dos partidos), o que para o vulgo é "democracia" , mas em realidade nom é tal. O sistema de partidos nom representa ao povo, jamais o representou, senom que representa à burguesia, que é o estamento que derribou à nobreza, e hoje menos que nunca representa a partitocracia os interesses nacionais e populares, já que noutro tempo a burguesia estava nalgo ligada ao devir nacional, mas hoje nom lhe interessa nada a naçom e os povos, já que derivou em universal, polo qual o governo burguês partitocrático nom é máis que umha tirania global, tirania que no nosso ambente soemos definir como "PODER MUNDIAL".O autêntico governo exerce-se nas lojas, bancos, e lobbies e logo passaram às direitivas do parlamento. A lojas maçónicas ou do Opus Dei, estám estreitamente unidas à burguesia, o feito é que som unha e carne, o governo toma-o cara fins do século XVIII à burguesia meiante o seu intrumento segredo, chamado maçonaria. Hoje em dia segue completamente activo o sistema de governo maçónico, sendo umha pirámide onde as lojas mais importantes, como a judaica B´nai Br´rith dominam outras que som subsidiarias, assim até chegar à cúspide, que é o assento do governo mundial.

Mas baseando-nos no puramente económico, e farto resumido, que o que procura o capitalismo é a libertaçom total da economia do Estado, o que em realidade significa separar a economia do povo, e ponhe-la em mans da alta burguesia. A burguesia é umha classe que é siamesa do fenomeno histórico capitalista. Burguesia sem capitalismo é incocevível. A economia capitalista basea-se na liberdade absoluta para o tráfico de dinheiro, liberdade absoluta para a especulaçom e a criaçom monetaria privada (literalmente: criaçom de dinheiro) meiante o crédito (sem rapazes, o dinherio fabrica-se da nada, despois os trabalhadores dam-lhe o valor), o liberalismo (capitalismo) considera que o Estado só deve de existir para exercer umha funçom policiaca, para todo o demais considera-o de interesse nulo, o capitalismo cosmovisionalmente é filosoficamente individualista e utilitarista, também espiritualmente cosmopolita, considera que o único válido no mundo é o individuo e que, como tal, nom esta atado a tradiçom algumha, nem naçom, pátria ou religiom, e menos ainda, a raça... isto quer dizer, que considera-se "cidadám do mundo" e como tal pretende as mesmas regras de jogo em todo o mundo (globalizaçom)

2. Comunismo: Stalin, depois de entrevistarem-se com o multimilionário Averell Harriman, conselheiro de Roosevelt e embaixador na USSR em juho de 1944, dixo:

"Dous terços da nossa indústria devemos-lha à ajuda americana"

"O 1 de maio de 1918, quando os bolcheviques controlavam só umha pequena fracçom de Rússia (e quando iam perder incluso essa fracçom no veram de 1918), a Liga Americana para a Ajuda e Cooperaçom com Russia, organizou-se em Washington DC para apoiar aos bolcheviques. Nom se tratava dum comité do tipo "Hands off Rusia" formado polo Partido Comunista de EE.UU ou dos seus aliados. Tratou-se dum comité criado por Wall Street, com George P. Whalen da Vacuum Oil Company como Tesoreiro e Coffin e Oudin da General Electric, junto con Thompson, da Reserva Federal, Willard da Baltimore & Ohio Railroad".

“Wall Street e a Revoluçom Bolchevique”

No " Washington Post" do 2 de fevereiro de 1918 aparece a seguinte nota:

"W.B. Thompson , depositou pessoalmente 1 milhom de dólares aos bolcheviques (a través da Cruz Vermelha) para ajudar a propagar as suas doutrinas em Alemanha e Austria".

Enciclopédia soviética de 1928, menciona-se a ajuda recebida por parte de ARA (Organizaçom Americana da Ajuda) em forma de 2 mil milhons de razons alimentícias para 10 milhons pessoas durante 2 anos.

Simultaneamente as empresas, durante um par de anos invertirom na URSS 63 mil milhons de dólares.

A economia soviética podia-se reorganizar, podia-se ponher em marcha, podia realizar o primeiro quinquênio porque esse planejamento puxo-se em marcha graças aos fundos das empresas norte-americanas e de Alemanha. Assim seria até 1934.

O comunismo é o extremo ideologicista da mesma corrente filosófica rousseauniana que levou à burguesia ao poder, mas a burguesia fai-no todo com sentido prático e desde logo nom cria nos delírios filosóficos que clamava com o fim de erguer à masa... os jacobinos, em troques, forom-se-lhes das mans e dali puidemos dizer que segue o seu curso até o comunismo, que foi empregado polos judeus para derrubar os absolutismos russo e alemam que nom lhes davam cabida algumha, por isso é que a maioria do chefiado dos soviet eram judeus. O comunismo no eido económico o que pretende é suplantar ao capitalismo burguês polo proletariado no seu conjunto, o qual por lógica é impossível, mas nom era assim para o comunismo, ou polo menos isso era o que predicava, assim que suplantarom o capitalismo burguês polo capitalismo de Estado, sendo assim que toda a economia era planificada, mas pedindo créditos à banca privada judaica (como Jacob Schiff, Warburg, Armand Hammer, e outros grandes amigos dos bolcheviques), é dizer, o capitalismo financeiro jamais foi socializado realmente, e por outra banda, em realidade, se sabemos ver as cousas como realmente som (ou forom) o capital produtivo ,jamais foi socializado tampouco, foi estatizado, que é distinto, e nunca se deu participaçom real ao operário nesse capital, que estava nas mans dos dirigentes do partido, e aí a famosa "nomenklatura" soviética que, Oh casualidade!, na sua maioria eram todos do povo eleito.

E rematando, a economia comunista é um delírio que aos feitos significa a economia do fomigueiro, garante-se ao cidadam umha vida exactamente igual que à dos escravos, comida e casa, mas nengumha possibilidade de mudar o próprio destino, todos iguais e nivelados, à suposta socializaçom nom passa dum sofisma ao dizer "o Estado somos todos" sim "o estado somos todos mas é manejado pelos chefes do partido" ergo "O Estado nom somos todos senom os chefes do partido exclusivamente, quenes nos dizem que devemos fazer" e é que, justamente, a economia comunista dize-che o que deves fazer, quanto deves produzir, mas também que deves consumir e quanto deves consumir, no comunismo tens que comer sempre o que o Estado dize que deves comer, o estado dize que nom tens direito a empregar automóvel, que deves viajar em autocarro, também dize como vestir, etc... a vida completamente digitada, isso é a economia comunista, a economía do formigueiro, totalmente manejada pela burocracia partidária ou estatal, economia que ao final torna-se impossível, ancilosa-se e estoura ou, melhor dito, derrubasse.

3: Fascismo: O fascinante do fascismo é a sua doutrina corporativa, a sua economia baseia-se no corporativismo, isto é: apagar o parlamento e ponher no seu lar aos representantes dos trabalhadores, isto é, os sindicatos. Entre todos eles exercera-se o poder legislativo. O executivo e exterior ficará em mans do Duce. É um sistema económico e político verdadeiramente revolucionário e socialmente justo, mas que nos feitos fixo-se realidade em todo o seu alcance logo da traiçom monárquica e a instauraçom da república de Saló ou RSI. Dito governo, o Duce diu participaçom direita aos trabalhadores no pacote accionário e directriz das fábricas, por exemplo. Foi completamente revolucionária, e deixou como verdadeiros idiotas aos partisans e demais lacra comunista que pelajavam polas palavras e nada mais que palavras. Os tarbalhadores amavam ao Duce e assim demostraro-no no seu derradeiro acto de Milano, mas já era tarde. Em resumo, a economia fascista e a economia nacional-sindicalista (esta nunca se levou à prática ) é o poder legislativo em mans dos trabalhadores, participaçom do operário no pacote accionário das fábricas e empresas grandes, ponher a Comunidade sobor o indivíduo sem escravizar ao cidadam, nem someté-lo a economias de formigueiro nem ancilosar a vida e economia pessoal e nacional.

4. Nacionalsocialismo: Sem dúvida é a forma económico-política que mais resultados espectaculares deu. O seu carácter mais revolucionário é a verdadeira socializaçom da banca mediante um Estado completamente conectado e compenetrado com a sua funçom comunitária. O Estado cria metas produtivas e cria o dinheiro necessário para levá-las a cabo, assim cria-se trabalho que a fim de contas, da valor a esse dinheiro posto em circulaçom... a gente ganha mais e por ende gasta mais, o qual frea em grande parte processos inflacionários, os quais som evitados meiante a destrucçom de excedente monetário por parte do Estado. O seu axioma financeiro é "mais dinheiro-mais capital- mais trabalho". Com respeito aos trabalhadores, criam-se os "conselhos de honra" que garantiam co-participaçom nas empresas por parte de patrons e trabalhadores, garantindo a estes derradeiros: vivenda, direitos de todo tipo, vacaçons, soldos elevados, etc. A milagre económica germana é indiscutível até para os mais acérrimos inimigos, que ainda queiram ou nom, sabem como mentir ao respeito. O keynesianimo está baseado em grande parte, no Nacional-Socialismo germano, ainda que nunca admitiu isto Keynes. A economia de producçom, por exemplo, foi umha ideia germânica N-S posta em marcha antes de que Keynes escrivira o seu famoso livro. O feito é que poderia-se dizer que Keynes roubou muitas ideias do N-S e de Hjalmar Schacht.
E com respeito a Shacht, recomendavel sua leitura, sobre todo seu livro "mais dinheiro, mais capital, mais trabalho", os outros é melhor nom lé-los, já que som "memórias" falsificadas, é dizer, mentiras que escriviu para salvar a sua cabeça em Nuremberg. Pois é que este nom sabia nada da Honra, mas si de muito de números e é recomendável a sua leitura para quem se interesse neste apaixonante e fundamental tema.

Também primordial dentro da teoria economicista N-S, é Gottfried Feder, com a sua obra “Quebrantamento para o servidume do interesse do dinheiro”, tambem chamado “Manifesto contra a Usura”, onde planeja sem miramentos a defesa dumha economia nacional e social, livre da usura e encadeamentos a escuros interesses plutocráticos. Ao rematar a 2ªGM e separada a Germânia, na GDR começou-se as mescolar N-S com Fascismo, para esquecer o ideário socialista e obreiro do Nacional-Socialismo.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

O nosso verdadeiro inimigo



O nosso inimigo primordial nom é sionismo. Nom é a perda de valores nem tampouco som os antinazistas.

O nosso inimigo é a alternativa a luitar. O viver, ou melhor dito, desviver.

Levar umha vida prácida, tranquila, sem preocupaçons.

Agatunhar pola escada do “progresso” que é tendido polo inimigo.

O reconhecimento, o soldo, a casa, o carro, a mulher, os filhos e ass “merenda” no campo..

Mentres isso ocorre, o sistema sionista pratica umha política de extermínio com a nossa naçom, com a nossa raça, com as nossas gentes e com os nossos costumes.

Rematada militarmente a segunda guerra mundial com a batalha de Berlin, continua a luita por outros meios. Nom a nossa, se nom a do sionismo internacional. Nom polas armas, se nom pola falsa democracia, o “falso bem-estar”, a televisom-lixo, ou o dinheiro.

Mais que os resultados, importa só a batalha, luitar quando está todo em favor é de cobardes, luitar quando está todo perdido é romanticismo heroico.

A falta de compromisso auténtico, de fanatismo, de luitar sem importar as consequências, de fidelidade aos nossos caídos..

Esse é o verdadeiro problema, esse é o inimigo que está dentro, o cavalo de Troia que sagazmente o sionismo colocou no taboeiro.

A nossa luita é perante todo espiritual e olhamos mais cara estupidezes materiais.

É doado encher-se a boca de soluçons e marchar a fim de semana junto da moça ou ir ver umha película de cinema o sábado à noche mentras Europa morre.

Seria como se os derradeiros Waffen SS combatentes do Reich, deixassem as armas no cham e fossem sorintes às suas casas asuviando mentras ao longe na mar representada polo bolchevismo, escachifava todo quanto ama-mos e defende-mos.

Nom devemos ter piedade com as atitudes que anteponhem valores pessoais e egoistas ao ideário da raça e da liberdade.

Como dize o nosso Führer na sua obra “Mein Kampf”:

“Quando é o futuro da raça o que está em jogo, toda consideraçom pessoal carece de valor.“

Lembremos a aqueles guerreiros que forom mortos e deixavam-se matar nos seus postos entoando cançons guerreiras e berrando “Europa vivirá ainda que nós devamos morrer!”.

Esse é o exemplo. Obremos em consequência.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Debate linguístico de interesse

Em Maio de 1987, a TVG emitiu um debate sobor da língua titulado "O porvir do galego", no programa "A dúas bandas". Nele intervenhem dous grandes mestres, por umha banda o catedrático de linguística e literatura galaica Dom Ricardo Carvalho Calero, e o catedrático de filologia românica Dom Constantino García.

Nós, como verdadeiros reintegracionistas, defendemos a Reintegraçom da ortografia e palavras perdidas tanto na nossa fala como na escrita, e é por isso que fazemos nossas as palavras e teses de ambolos dous mestres, com alguns matizes que explicaremos ao remate da visualizaçom dos vídeos:







Do mestre Calero, concordamos em que há que aproveitar a força da existência dumha forma do galego antigo como é o "Português", mas nom para empregá-la tomando como o exemplo o que fiço o Castelám, se nom para recuperar em parte a nossa própria ortografia à hora de escrever e falar cultamente o nosso idioma, e para fazer a nossa lavoura de conscienciaçom étnica e racial nos nossos artegos galaicos e europeus, cidadans dos estados galaicófonos actuais.

Realmente nom nos interessa que falem galego gentes doutras raças que nada tenhem que a ver com nós, tal e como acontece na actualidade com o nosso idioma, pois a mesturança do galego com outras "culturas" nom Europeias nom fixo mais que deturpar o nosso idioma. Esse é o exemplo mau do Castelám, pois foi introduzido tanto nas naçons hispânicas como nos países indigenas americanos e africanos.

Mas também concordamos com o mestre García, no que se refire a preservaçom da nossa língua falada polos próprios galegos, pois depende única e exclusivamente da vontade dos falantes de que a língua nom se perda. Mas contradize-se ao dizer que nom tem nada que ver a política com a sua preservaçom (polo menos genuina), pois pom como exemplo de imposibilidade no caminho do "Galego de Portucale" um exemplo claro de política do estado português, como ele mesmo indica a linguística portuguesa contemporânea existe a negaçom da teoria de que o português é o mesmo idioma galego.

Concordamos também com o mestre García, que a língua escrita do Estado Português tem muitos mais castelanismos que o Galego Isolacionista, no que se refire a palavras genuinas. Pois o galego de portucale tivo mesturança tanto com línguas moraçábigas como com o castelám, e estas influências forom impostas ao norte do Estado (Gallaecia Sul). É por isso que nós consideramo-nos os autênticos reintegracionistas, pois queremos depurar e limpar a nossa língua tanto das influências moçarábigas como castelans, tanto na Gallaecia como no resto de estados galaicófonos. "Rea, artelhar, argalhar, auga, castelám, fricoleiro" som palavras autenticamente galaicas e nom existem no galego do portucalense.


Antologia Histórica do autêntico Reintegracionismo

Manuel Fraga:
“Eu parto da base de que galego, português e brasileiro é todo a mesma cousa”
Conselho do Governo Galego, 21-05-2005

“Depois de todo, falamos a mesma língua“
(Na visita do Ministro de Agricultura e Pesca de Moçambique)

Álvaro Cunqueiro
O Galego será falado no ano 2000 por 200 milhons de seres, entre Galegos, Portugueses e Brasileiros. Quando se logre a unificaçom ortográfica, a que haverá de chegar-se, é indubitável que a língua galega nom será um cemitério lingüístico, como o Holandês, ponhamos por caso.
Citado em La Voz de Galicia, 28.11.1981

Frei Martiño Sarmento
Assi, a língua portuguesa pura nom é outra que a extensom da galega, e que depois se carregou de vozes forasteiras, mouriscas, africanas, orientais, brasileiras, etc.
Opúsculos Lingüísticos Galegos do século XVIII. Ed. Galaxia. 1974.

Vicente Risco
Poucos Galegos se tenhem decatado do que Portugal é para nós. Portugal é a Galiza ceive e criadora, que levou polo mundo adiante a nossa fala e o nosso espírito, e inzou de nomes galegos o mapa do Mundo.
(Nós, n.º 79, 1930)

Alfonso Daniel Rodríguez Castelao
“Tem Galiza um idioma próprio?
Estamos fartos de saber que o povo galego fala um idioma de seu, filho do latim, irmao do Castellano e pai do Português. Idioma apto e ajeitado para ser veículo dumha cultura moderna, e com que ainda podemos comunicar-nos com mais de sesenta milhóns de almas (...) O Galego é um idioma extenso e útil porque -com pequenas variantes- fala-se no Brasil, em Portugal e nas colónias portuguesas.”
Sempre en Galiza. Ed. As Burgas. Buenos Aires. 1942.

Eduardo Pondal
“Verbo do gram Camões Fala de Breogám”
Queixumes dos Pinos e Poesias Inéditas de Eduardo Pondal. Crunha. 1935, pp. 191-192

Manuel Murguía
"O primeiro, o nosso idioma (...); o fermoso, o nobre idioma que do outro lado desse rio é língua oficial que serve a mais de vinte milhons de homens e tem umha literatura representada pelo nome glorioso de Camões e Vieira, de Garrett e de Herculano; o galego, ao fim, que é o que nos dá direito à inteira posesom da terra em que todos fomos nados (...). Podemos dizer com verdade que nunca, nunca, nunca pagaremos aos nossos irmãos de Portugal todo que hajam feito do nosso galego um idioma oficial. Mais afortunado que o provençal --fechado na sua comarca própria-- nom morrerá."
Discurso nos jogos florais de Tui (1.881)


Já há tempo que os verdadeiros reintegracionistas vimos denunciando estas cousas, fartos das mentiras vertidas já nom só dos espanholistas, se nom também da politiqueria nojenta dos falsos reintegracionistas da A.G.A.L. (Associaçom Galega da Língua), estes falsos reintegracionistas querem fazer crer ao mundo que o nosso idioma é maioritário graças a que é um dialecto dum idioma chamado "Português" sendo pertencente a outra invençom chamada "Lusofonia", esta associaçom foi criada a calor da organizaçom N-S CEDADE GALIZA, mas errarom ao deixar entrar a tudo tipo de "pessoeiros esquerdalhos", quando se derom conta já estavam fora do projecto linguístico e os camaradas forom expulsos.

domingo, 17 de outubro de 2010

Os terroristas de AGAI editam revista

A associaçom terrorista sionista na Galiza (A.G.A.I.), edita umha revista titulada "De Compostela a Ierushalhaim"

O primeiro número desta revista cuio nome, em palavras dos seus impulsores, "pretende ser puente pétreo ebtre estas dos capitales", e a vez marcar um antes e um depois das supostas relaçons culturais entre a Galiza e Israel.

Destacamos a colaboraçom de sionistas aficandos na Galiza como Xoan Bernárdez Vilar , Eduardo Martínez, Alfredo Conde, Alfonso Vázquez-Monxardín, Breogán Cohen,os quais escrevem orgulhosos sobre as suas raizes judeas; este derradeiro é sociolinguista da Universidade de Vigo, tem a "cara dura" de falar da recuperaçom do hebreu como língua de uso cotiá na nossa pátria, com a ajuda de Moncho Iglesias, outro sionista traductor de Hebreu.

Neste fanzine propagandístico sionista também inclui colaboraçons de sionistas tam conhecidos como Pilar Rahola, Marcos Aguinis, Gustavo D.Perednik ou Jaume Renier.


Caricatura de Pedro Gómez-Valadés
(presidente da associaçom terrorista sionista A.G.A.I.)

A propaganda anti-nazista hollywoodiana chega a Galiza



http://labirintoario.blogspot.com/

Por se nom tiveramos bastante com as películas de Hollywood, com as suas grandes obras de cinema fantástico como "A lista de Schindler, O pianista, O cativo do pijama a raias , Walkiria, Malditos Bastardos, Zombies Nazis" e outras peças de propaganda sionista. Chegou à nossa pátria "O labirinto ario", umha lixeira de curta-metragem que trata do seguinte guiom fantástico:



O LABIRINTO ARIO pode ser considerada a primeira curtametraxe sobre a trama conspiracionista do esoterismo nazi, o caso da man cortada e os alieníxenas ummitas rodada en Galiza. Hitler morre en 1946 e a tumba está na parroquia de Nogueira. Os seus lugartenentes o doutor Manfred e Helmuth auspiciados polo Xeneralísimo Franco que intercede coa Marquesa de Tor para seguiren traballando no advimento dunha raza aria, o rexurdir do IV Reich e o espertar dun novo Mesías. A procura do Santo Graal no Monte do Faro, experimentos nas bases subterráneas nazis de Belesar, rituais satánicos na cripta romana de Sta. Eulalia de Bóveda e os contactos co planeta Ummo conforman este labiríntico filme.

Mãos curtadas, alienígenas ummitas, rituais satânicos... tuda umha aberraçom de propaganda genuinamente sionista para deixar mais afundido o nosso sagrado ideário, algo ao que já estavamos acostumados a ver, mas nunca de feiçom galaica, que é o mais lamentável.



Os "amigos" da "Asociación Galega de Amizade con Israel" tenhem que estar bem ledos.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Honra?



Nímia palavra para descrever o mais grande dos sentimentos humanos. Como defini-lo? A nobreza de espírito, a bondade do carácter, a rectitude, a virtude como expressom máxima da pessoa...

Existe algúm outro sentimento mais ligado ao Nacional-Socialismo? Mas, Onde atoparemos hoje tais cousas? O tempo da Honra, como de todo o belo e fermoso passou já.

A sua destruiçom consumou-se junto à de maior génio da história humana, há já mais de médio século. Quando a genial figura de Adolf Hitler foi finalmente destruida para sempre, apagada da face da terra pelos seus inimigos, os nossos inimigos, os inimigos de tudo quanto amamos, os mesmos que hoje regem e governam o nosso mundo. O mundo da servidume, do extermínio cultural das naçons (em termos do sistema “igualdade” ou “multiculturalidade”), da degradaçom, do triunfo do baixo, pobre e miserável…

Em definitiva, o mundo no que “vivemos”, perdeu-se a derradeira oportunidade da humanidade de salvarem-se a si mesma. Já nom fica outra cousa que fazer aos poucos de espírito livre que tivemos a desgraça de nascer num mundo morto e condenado, que tem que manter viva a chama da luz, da razóm e da Swástica para num futuro que seguramente nós nom olharemos, mas si os nosso descendentes polos que luitamos, poidam ser içados novamente as bandeiras do Sangre e da Liberdade. Mas quando isto ocorra, já nom será um homem saido do povo, um homem amante da natureza e dos animais, um homem sempre ao redor das crianças, sempre amável e singelo, amado e seguido pela sua pátria até o fim…

Quem encabece a batalha final da que todos os textos sagrados, arianos ou nom, falam e narram com tudo detalhe. Será esse Hitler criado pelo sistema, esse homem desapiedado, sem escrúpulos, e sem piedade, o que lidere a batalha final na que decidira-se a existência ou a morte. Nom se pode ter piedad com quem nos condea a desaparecer, com quem leva milheiros de anos planejando o nosso extermínio e o seu messiânico renascer como amo e senhor do mundo.

Nom se pode falar de ética, de estilo nem de honra com o cancro das naçons. Tam só a sua desapariçom ou a nossa. Nada importam as consideraçons pessoais quando é a mesma raça a que está em jogo. Todo passa a um segundo plano nesta luita que tem de ser desapiedada e cruel. O nosso Führer intentou por todos os meios devolver à sua naçom, Germania, a liberdade, ou mais bem, o direito a existir em liberdade. Intentou-no primeiro pola paz. Assinou tratados, concedeu entrevistas, tendeu a sua mam milheiros de vezes, juntanças, viagens, concílios. Incluso no final quando foi levado à guerra, quando os seus exércitos que nem sequera estavan preparados para um conflicto de semelhante envergadura, humilhavan a todos os estados Europeus em todas as batalhas, nom cedeu no seu compromisso de assinar a paz.. Até o seu melhor homem, o mais leal germânico e europeu, voou jogando-se a vida à Alba por esse belo ideário de paz entre as naçons irmãs… onde foi batido, encarcerado e finalmente assassinado lodo de mais de 40 anos entre relhas.

A ninguem convenceremos já, e nom creio que a este povo de alcoólicos e prostitutas da fim de semana tiver-se que convencer de algo. Ja passou o tempo da paz, ja passou o tempo das estratégias electorais, e mais ainda nesta Europa, que mais de médio século depois da rematada a guerra continua ocupada por essa besta que estrangula, carcome e corrói a seiva vital das naçons.

Somos poucos, carecemos de meios, somos perseguidos, reprimidos, batidos, encarcerados e incluso assassinados. Mas somos Nacional-Socialistas. É a nossa missom, a nossa obriga o fazer dos nossos ideais, as facheiras que sinalem o caminho na noite aos nossos irmans vindouros. O caminho da honradez, do trabalho, dos valores, da ética, do respeito, do arte, da cultura, a música, a saúde, o desporto, a natureza... Em definitiva, do Nacional-Socialismo. Essa doutrina que procura a elevaçom do espírito popular, da comunidade racial da que somos parte, do nosso sangue e a nossa terra e a que aos nossos inimigos, que som muitos, tanto aterra. Nom servem pois renegos nem “estratégias”. Somos Nacional-Socialistas e polo tanto aceitamos e defendemos quanto dele se desprende. Ante todos aqueles que renegam e polo tanto traicionam aos seus sagrados símbolos e líderes, nós erguemos orgulhosos a bandeira do sangue e enchidos os peitos berramos, Heil Hitler! Porque que a nossa honra chama-se fidelidade.

O estado sionista alemam persegue "neo-nazistas"



Travar a propaganda Nacional-Socialista na Internete é o principal objetivo da campanha lançada pelo Governo alemam. Google e MySpace aderiram mas o Facebook ficou à margem da iniciativa.

O governo sionista alemam lançou ontem umha campanha para retirar conteúdos Nacional-Socialistas da Internete, e exortou os gestores das redes sociais, como o Facebook, a fazerem uso do seu direito de propriedade para travar a nossa propaganda.

O direito de propriedade é "um meio adequado" contra conteúdos "Neo-Nazista" na Internete, dixo ontem, em Berlim, a ministra da defesa do consumidor, Ilse Aigner, durante a apresentaçom da campanha.

A iniciativa, que partiu do semanário "Die Zeit" e da Fundaçom Amadeu António, criada em homenagem a um imigrante angolano assassinado por um grupo de "neonazistas de Hollywood" em 1990 no leste do estado alemam, conta também com o apoio de redes sociais como o MySpace, e do principal motor de procura na Internete, o Google.

Facebook fica fora

Da listagem de 20 entidades apoiantes nom faz parte, no entanto, o Facebook, principal rede social, com mais de 500 milhons de utilizadores em todo o mundo.

Segundo os serviços de informaçom alemans, existem perto de mil páginas de "Neo-nazistas" germânicos na Internete, utilizadas sobretudo para anunciar manifestaçons e como foruns de debate.

A ministra acrescentou que o recurso dos grupos Nacional-Socialistas na Internete tem aumentado, que estes aproveitam a rede para procurar adeptos e fazer a sua propaganda contra o Estado de Direito.

"É importante fazer alguma cousa contra estas actividades anti-constitucionais, que nom devem ter lugar numha plataforma como a Internete", dixo Aigner.

Anneta Kahane, presidente da Fundaçom Amadeu António, enumerou várias formas de utilizaçom da Internete pelos N-S, sublinhando, particularmente, a existência de muitos vídeos com mensagens N-S na plataforma YouTube.

Nada novo baixo o sol, tudo um alarde de liberdade de expressom no estado mais sionista da C.E.E.

sábado, 9 de outubro de 2010

A mudança da memória histórica na Gallaecia

“Ignorar a história é permanecer sempre sendo crianças”
 
0- A importância da História para os "Estado/Naçons" actuais

Imaginemos um caçador paleolítico a seguir umhas pegadas dum veado. Ele sabe que num tempo passado mais ou menos distante ou próximo que por aquele lugar transitou um animal. Pelo conhecimento das pegadas, o nosso caçador pode reconhecer o tipo de animal e as condiçons nas que ele está para poder ser caçado. A inteligência do nosso homem junto com a sua experiência passada e a trabalhada técnica de caça fazem com que continue o rasto e consiga dar com a peça para poder dar-lhe captura e poder assim alimentar à sua família que teria assegurada a sobrevivência durante umha boa tempada.

O caçador soubo pelos restos dum passado manifestado numhas pegadas que havia umha peça de caça e puido completar o seu labor.

Isto nom aconteceria se o caçador fosse um leom, um crocodrilo ou qualquer outro depredador. Eles só respostariam ao estímulo de verem ou cheirarem à presa, nunca por terem conhecimento dum passado reconhecido por uns sinais ou marcas no cham a partires dos quais reconstruír umha realidade com a qual pudessem prever um futuro provisor. Eis aqui a importância do conhecimento do passado, sempre por meio dos restos que deixa e que som interpretados no presente para nos ajudarem a garantir o nosso futuro.

Também o conhecimento do passado para os estado/naçons é umha necessidade para a sua sobrevivência do mesmo jeito que é para o nosso caçador paleolítico ou para qualquer de nós individualmente. Podemos dar algumhas provas: o tratado de Nanquim de 1842 foi de utilidade para a China para poder reivindicar com total legitimidade a devoluçom do Hong-Kong por parte do Reino Unido; o tratado de Utreque serve de utilidade para o próprio Reino Unido nom ter de ver qualquer legitimidade por parte do Estado Espanhol na sua reivindicaçom de Gibraltar ou o a legislaçom saída do Congresso de Viena faz reconhecer que Olivença legalmente é o Estado Português embora nom seja de facto.

01 – Compreender o presente

O conhecimento do passado ajuda-nos a compreender o presente e isto permite mexer-nos no mundo no que estamos de forma prática, útil e de forma que o conjunto funcione sob critérios de saúde social que favorecem a estabilidade, a paz e a harmonia do grupo e com outros grupos.

Essa compreensom do presente leva-nos a tolerância por conhecimento da dinâmica social. Assim poderemos compreender as razons que levaram a exercer a moral vitoriana e compreenderemos igualmente a falta de pudor dum ameríndio da Amazónia ou um nativo da polinésia e ver o absurdo da imposiçom do primeiro sobre os segundos.

Haveremos de compreender porque o Samhain, o Halloween e o Magusto têm a mesma origem e as mesmas feiçons básicas mas nem som exactamente o mesmo, poderiase-nos corresponder aos galaicos a identificaçom com o Samhain . Mas o nosso é o Magusto com castanhas, meigas, mortos que saem do Além, cabaças, etc... e nom por isso é menos céltigo. É igualmente céltigo e ainda é a expressom da nossa celticidade galaica.

Poderemos perceber porque nas Castillas do Sul “Andaluzia” existe o tratamento de “desrespeito cordial” insultando às nais dos amigos com um bom afam de “colegueo” enquanto essa prática na Galiza,Astúries ou no Estado Português seja impensável por ofensiva.

Haveremos de perceber porque nas construçons galaicas há soportais e no entanto nom há em Castilla ou no Algarve...

02 – O conhecimento do passado orienta-nos de cara o futuro

É este um ponto importante e de grande utilidade. O conhecimento do passado ajuda a assegurar a sobrevivência do grupo e nom só a individual. O exemplo mais próximo que temos é o pensamento e sobre tudo a prática reintegracionista surgida na Galiza nos últimos trinta anos. A ideia de as falas galaicas fazerem parte dum conjunto linguístico mais amplo conhecido internacionalmente com o nome de “português (sendo galego)” leva a implementar para as falas galegas medidas que nom só garantiriam a sobrevivência das falas galaicas mas mesmo ajudariam a ver a Galiza como elemento importantíssimo da galaicofonia gerando umha mudança nas consciências dos galegos que passariam dum conceito dumha Galiza regional e periférica a umha Gallaecia central e importadora de modelos a seguir por umha civilizaçom que visa atingir num futuro próximo níveis de importância e de influência internacionais de carácter político, social, moral, económico, cultural e linguístico que a dia de hoje possui o mundo anglófono, por exemplo.

03 – O conhecimento do passado favorece o relacionamento com outros grupos humanos (próximos no tempo e/ou no espaço).

É doado pensar como a Galiza pode se relacionar fluidamente com as naçons atlânticas europeias pela sua proximidade física e pelos seus vencelhos étnicos, ao igual que o relacionamento com os nossos descendentes europeus em Brasil (As Américas), mas também é fácil pensar que embora nom haja a mesma distância física ou genética, o relacionamento com os países africanos terceiro-mundistas como Moçambique ou Cabo Verde ou outras mais longínquas como o Timor som viáveis e possíveis por termos umha língua comum, sem por isso defender umha mestiçagem racial. Esse pensamento vem dado pelo nosso conhecimento do passado e pela compreensom do presente.

04 – O conhecimento do passado tem um forte componente anto-identificativo

As naçons nom existem sem memória e é essa a razom pela qual os Estado-Naçons investem muito dinheiro no ensino do seu suposto passado “nacional” e nos seus planos de estudo assim como para a sua construçom “nacional” do mesmo jeito que conhecem perfeitamente com quais outros países se devem relacionar para defenderem os seus interesses.

1 – Que História se ensina no Reino da Espanha

1.1 – O paradigma da historiografia castelam-espanholista

Primeiramente temos que dizer que por Paradigma entendemos o sistema ou modelo conceptual que orienta o desenvolvimento posterior das pesquisas, estando na base da evoluçom científica. Se o paradigma está errado, tudo o que se construa a partires dele também vai estar errado e dentro da historiografia peninsular é base conceptual a ideologia castelam-espanholista, quer dizer, o pensamento jacobino centrado em Castilla a partires da qual se exprime e exemplifica todo o anterior e todo o posterior.
Castilla é o centro geográfico da península pelo qual também se exprime a periferia também nom só geográfica.

Para o paradigma castelám-espanholista há umha série de dogmas irrenunciáveis que exprimem o que é a península, e som os seguintes:

Espanha é Hispânia

Durante a Idade Média foi-se construindo um jogo de hegemonias que tinham por finalidade o domínio e controlo da península. Houve a tentativa muçulmana e a tentativa cristiã. Esta última começou sendo um projeto galaico mas após o século XIII, Castilla começa a apanhar poder e visa unificar a Hispânia sob projeto linguístico e nacionalitário castelám. Como elemento estratégico, o nome de Castilla ou Gran Castilla pareceria pouco acaído, pelo qual a adopçom de “Espanha” como herdeira da “Hispânia” pode semelhar mais inteligente e mais viável para conseguir adesons e evitar resistências. É por isso pelo que o nome de Espanha foi o nome desse projeto que tentava, e tenta, como indica o seu nome, a unificaçom da península, de toda a península, mas sobre chefia castelã. Esta dirigência de Castilla nunca teve vontade de partilhar poder com as outras naçons hespéricas. Quis, em troca, impor e dominar sobre elas, eliminando-as ou reduzindo-as a regions satélites ou mesmo absorvendo-as.

“Portugal” é um erro histórico

Na península houve desde tempos antigos vários polos ou centros etno-culturais e/ou comunidades étnicas. Som estes:

1. Um polo mediterrânico ou ibérico que se pode corresponder com Gothalaunia (Catalunya, València, Balears) e mesmo um anaco da actual CC.AA. Aragoa e Murcia.

2. Um polo Nortenho-Pirenáico que se corresponderia com o povo Vascón, Aragoa, Aquitánia e a actual Euzkadi.

3. Um polo Atlântico ou Galaico que viria corresponder com a velha Galécia (actual Galiza, Asturies , Llion mais o Norte do actual Estado Português.

4. A Lusitânia (Final de Mondego para Sul e aproximadamente a actual Estremadura do Estado Espanhol)

5. E o Centro peninsular mesetenho centro Celtíbero e o sul Celtíbero “Tartéssico” Castelám.

Todos esses povos em maior ou menor medida caíram posteriormente, da Idade Média até hoje na órbita de Castilla e todos foram mais um menos castelanizados no planejamento lingüístico. Uns mais (Aragoa, Murcia, Leom, Estremaura e Astúrias) e outros menos (Catalunya, València, Balears, Euzkadi e Galiza). Mas de todos eles houve um território que ofereceu umha grande resistência apesares de ficar incluído dentro da Monarquia Hispânica (Goda e Muçulmana) durante um tempo, e esse foi o Reino de Portugal.

Castilla nom conseguiu a sua anexaçom e ainda menos a sua assimilaçom. É por isso porque o domínio castelám-espanholista da península nom é total e graças a ele outros territórios podem pensar em se livrar dessa hegemonia e ideário centralista ao saber que isso é possível. Mas nós como Nacional-Socialistas sabemos que isso só é possíbel num Império Europeu soberano, nom fazendo um estado capitalista mais amplo ou mais pequeno dentro da C.E.E.

O estado português é portanto para o castelam-espanholismo um erro histórico, um fracasso, e na narraçom oficial dos factos históricos apresenta-se sempre como algo que quase nem existe no melhor dos casos ou algo que há que desprezar no pior, mas que sempre apareceu nos mapas do domínio castelam-espanholista da península como algo estrano que nem era o Estado Espanhol nem deixava de sê-lo.

É difícil achar um mapa do Estado Espanhol sem o Estado Português.

 
Um claro exemplo do que o jacobinismo castelanista pretendia, cum mapa da época: "España Uniforme", "España Asimilada", "España Foral" e como nom, apagando do mapa à Galécia como já uniformada com Espanha uniforme e Portugal (também uniforme?).

Para o castelám-espanholismo historiográfico o Estado Espanhol é umha criaçom de Castilla

Para o castelam-espanholismo, a Espanha é umha criaçom de Castilla e do seu génio, nom deixando outra possibilidade. A partires daí as outras “regions” ou som apêndices da própria Castilla ou aderiram o projeto castelam-espanholista.

Vandalia, foi conquistada aos muçulmanos, mas foi logo definida como “Castilla-La-novísima”. Assim diz no livro “A que llamamos España” tendo em conta que o velho Reino de Toledo foi desde muito tempo atrás “Castilla la Nueva” ou a dia de hoje segundo a nomenclatura “autonômica” Castilla la Mancha. Se a Mancha seria “a nova”, Vandalia seria “a novíssima”.

Asturies e Llion foram as origens do projeto unificador peninsular esquecendo que se correspondem com a Gallaecia Asturicense, Atlântica, Céltiga e Sueva. A dia de hoje Asturies está separada de Llion e da actual Galiza e é umha regiom que nada tem a ver com a “Espanha” taurina, flamenca e de fala castelã que se vende no exterior como ícone. Asturies é muito próxima em cultura, estética e sentir à Galiza actual, embora o sentimento asturianista cresça como oposiçom ao galaico, construindo-se a partires dum anti-galeguismo contrário à história, absurdo e inútil que obstrui tanto o desenvolvimento identitário tanto asturicense (Asturies) como o lucense (Galiza).

A regiom de Llion, Sul da Gallaecia asturicense simplesmente foi absorvida por Castilla numha regiom autónoma comúm denominada Castilla-Llion mas onde os leoneses som identificados e nomeados doadamente pelo resto dos peninsulares de castelans. Muitos leonesistas opoenhem-se a isto, mas o achegamento a Astúrias nom se sente como necessário e muito menos o achegamento à Galiza. É por isso que o sentimento nacional galaico está muito mais dificil nesta regiom galaica, mas nom por isso imos deixar de reclamâ-la, os tempos serám chegados.

As regions mediterrânicas de Aragoa e València som também territórios em grande parte castelanizados e desenvolvidos num anti-catalanismo forte e visceral, já que Catalunya é o único território hispânico que é capaz de fazer fronte ao castelanismo com um sentimento e umha praxe eficaz que poderia derivar numha ruptura que faria fracassar pela segunda vez (a primeira foi o Estado Português) a ideia da Hispânia-Castelanista e centralista. Nós prefiriamos que o nacionalismo impartido nestas terras fosse o genuino parelho ao que nós defendemos, mas por desgraça está afundido no xarnegismo marxista e liberal.

Por outra banda Euskal-Herria cuja parte mais ocidental deu origem à primitiva Castela é um país de fortes contrastes. Por um lado onde a resistência anti-castelam-espanholista é mais forte incluso dum ponto de vista físico mas por outra onde o castelam-espanholismo tem apoios mais extremos, de tal jeito que poderiam chegar a inviabilizar o projeto nacional vascon fora do contexto hispânico.
Finalmente o caso galego é um caso muito especial, com avanço importante do projeto nacional-espanholista mas também com mais possibilidades de futuro se este depender da consciencializaçom a partires do seu passado anti-castelám nalguns momentos, e anti centralista e uniformador. A Galiza em potência é um autêntico perigo para o castelam-espanholista porque ela partilha língua e cultura com o Estado Português, o grande insucesso de Castilla. Galiza foi históricamente quem criou o projeto unionista hispânico nom castelám, em épocas medievais é quem a dia de hoje pode olhar para o Estado Português e o mundo céltigo e galaicófono como via de saída para evitar a sua castelhanizaçom completa e forçosa e a consequente desgaleguizaçom.

Como vemos, a hegemonia castelã chega a quase todos os pontos da península, e isso é traduzido numha forma de contar os factos passados, isto é, a história da península e de descrever as origens das diferentes culturas e línguas da Hispânia. Esse poder faz pensar a esse castelam-espanholismo que ele tem direito para impor a sua forma de perceber a realidade e sente que deve ser obriga de todos os povos hespéricos seguirem os mesmos objectivos e verem-se satisfeitos com os mesmos interesses, forem estes povos atlânticos ou mediterrânicos; forem estes nortenhos e verdes com as conseguintes implicaçons económico-sociais ou mediterrânicos e quase desérticos; forem estes mesetenhos ou montanhosos... e o mérito é todo, sempre de Castilla que foi a que se diz criadora e construtora da Espanha, faltaria mais.
Espanha surge com Roma e os Visigodos

Como Castilla tem de justificar o seu protagonismo e tem de possuir razons para cumprir com o seu destino unificador, deve haver umha realidade anterior que legitime, explique, fundamente e prove que as cousas som como ela diz que som.
A unidade “nacional” da península deve ter umha origem e umha razom e esta vai estar baseada em unidades anteriores. A Espanha castelã surge em Covadonga (Asturies) , onde um pequeno e valoroso grupo de rebeldes cristans luita numha batalha contra os invasores muçulmanos que curiosamente também queriam unificar a península. Os, já, “espanhóis” de Covadonga, umha vez consolidados com um poder político alternativo ao cordovês botam mão dum ideologema -o “goticismo”- que lhes dá umha razom para luitar contra os ilegítimos ocupantes muçulmanos da península até despejá-los da mesma e recuperarem o reino visigodo tal qual era anteriormente do ponto de vista territorial.
A cousa nom fica aqui, porque anteriormente aos visigodos na Hispânia já estava unificada sob domínio romano de forma que a península devia estar unida porque assim o esteve sempre. O pensamento castelam-espanholista quereria conseguir manter e preservar essa “unidade” e banir do jogo político qualquer derivaçom que atentasse contra esse ideal centralista o qual seria um erro grave ou mesmo um pecado. Para isso estava destinada Castilla.
Os conceitos de Reconquista e Repovoaçom
A ideia paradigmática que dá o castelam-espanholismo para a Reconquista da Hispânia é por meio do avanço cristiã sobre o território muçulmano limpando de islamitas as regions ocupadas e repovoando-as com gente procedente do Norte. Esse jeito de limpeza étnica levaria à “uniom de todos os espanhóis” e sempre Castilla a protagonista do projeto. Esta visom jacobino-castelanizante inclui como mal menor a reconversom de elementos islâmicos ao cristianismo.
A Galécia nem existe nem tem importância nenhuma.

Em todo este “avatar histórico” a Galécia nom é rem, quase nem existe nem tem a menor importância nem protagonismo para a construçom da futura Espanha. Desde o 711 em adiante quase de forma repentina a Galécia deixa de ser o reino que ocupa as actuais terras nortenhas do Estado Português, Asturies e Llion para passar a ser umha triste regionzinha cujos limites já som os que conhecemos hoje, que se vê ocupada pelos muçulmanos e que há que repovoar novamente com elementos humanos que se supom provintes irremediavelmente de Asturies. Ovedo já nom é Galécia, Llión é um reino desde o 910 quando esta cidade passa-se a ser o lugar da Corte e Portucale era Galécia “ma non tropo”.
1.2 Qual é a metodologia para ensinar a História de Espanha

A História que se estuda no ensino primário, secundário e universitário no Estado Espanhol atende a programas elaborados até certo ponto pelo Ministério de Educaçom mas em boa parte pelas Conselharias de Educaçom das Comunidades Autónomas. Aquelas Comunidades Autónomas com competências em educaçom, que a dia de hoje som todas, elaboram um temário com matéria relacionada com a Comunidade Autónoma correspondente mas exceptuando Catalunya e Euzkadi que aplicam um paradigma diferente do castelam-espanholista, influidos algumha parte polo tradicionalismo e nacionalismo primário; mas também com deturpaçons marxistas; o resto das outras seguem fielmente os ditados do arquétipo centralista. Foi por isso pelo qual estas duas Comunidades Autónomas tiveram problemas nos média durante os anos 90: por, segundo os média, manipularem a história de Espanha e inventarem umhas histórias de Euzkadi ou de Catalunya que nom se ajustavam ao passado real. Todo um paripé que contava com a ajuda do governo central, mas que de algumha maneira entretia.
A Galiza teve problemas ultimamente (nomeadamente durante o governo do bipartido PSOE-BNG) embora os autores que defendiam o que chamaremos mais adiante “paradigma galeguista” já tivessem publicado as suas bibliografias anteriormente. O ataque foi mais do que nada político. Embora isto seja assim, os programas de estudo seguem umha história da Galiza bastante pouco séria do ponto de vista científico, que nom atende às fontes documentais e que aprofunda pouco no passado do País partindo dos conceitos inamovíveis do padróm elaborado por Castilla.
A metodologia no que diz respeito à história que se estuda no Reino da Espanha está baseada em dous pontos fundamentais:
1. A filosofia arquetípica castelanizante da qual vimos falando e que será tanto mais extremista na medida na que o regime ou o partido do governo em Madrid tiver menor vocaçom democrática. Filosofia, esta, que na prática é indiscutível, inamovível, falsamente científica e dogmática. Conhecemos casos de perseguiçom e acosso laboral de pessoas vinculadas à Universidade até o ponto de perderem o seu trabalho e a sua saúde por defenderem posicionamentos científicos discrepantes com a filosofia oficial, mesmo em época democrática (como nas repúblicas e nos anos 90 do século XX) e protagonizadas em alguns casos por professores que nada teriam a ver com posicionamentos políticos galeguistas. Simplesmente por honradez e honestidade científica.
2. O presentismo cartográfico que nos faz entrar pelos olhos configuraçons territoriais próprias do tempo presente aplicadas a épocas históricas nas que nom se correspondiam as realidades em questom.
2 – Que se ensina na Galiza
A Galiza é politicamente um apêndice dessa Espanha Centralista-Castelanista, e isto é assim do ponto de vista legal-institucional como até o dia de hoje também é Euzkadi ou a Catalunya. A Galiza também é um apêndice da Espanha Centralista no seguimento oficial da ideologia, muitas vezes, anti-galaica, cousa que nom acontece nos dous países antes nomeados que sabem defender os seus interesses políticos e económicos por acima do poder estatal. Assim, a Galiza reproduz o paradigma castelanista tanto no ensino como maioritariamente na investigaçom, exceptuando honradíssimos casos como os de Nogueira, Carreira,Vilar, Teixeiro, Pena Granha, Martins Esteves ou os históricos nacionalistas genuinos nom esquedalhos como Risco, Vicetto, Murguía, Eladio, Figueira Valverde, Otero Pedrayo, Cuevillas,Cabanillas, etc.
Nos estudos oficiais na Galiza ensina-se o seguinte:

* A Cultura chamada Castreja e os Celtas têm pouco ou nada a ver, de forma que qualquer elemento civilizacional galaico se diz de origem mediterrânico. Na época romana a Gallaecia quase nom existe. Tudo é latino do ponto de vista cultural e latim do ponto de vista linguístico. O elemento indígena nom achega nada útil à formaçom da futura Gallaecia e Roma é quem a inventa. Antes de Roma nom há nada. É o baleiro.

* Os suevos som um povo bárbaro, no senso pejorativo da palavra, que nom deixa pegada nenhuma e o seu Reino é anedótico. Os suevos som bárbaros e os visigodos estám romanizados, o que significa que som mais civilizados. Som estes últimos os que marcam a personalidade de toda a península incluída a Gallaecia. Nom há elementos importantes e interessantes a salientar para a historiografia europeia no Reino Suevo da Gallaecia, nunca Reino de Gallaecia ou Gallaeciense Regnum.
* Os muçulmanos ocupam também a Gallaecia (porque ocupam “Hispania tota”) que já nesta altura se identificava territorialmente com a Galiza actual. Asturies é um Reino que “reconquista” e “repovoa” Galiza para a causa cristiã e a importância do País do apóstolo Sant-Iago descoberto por um Rei asturiano é mínima. Galécia é um ninguém, nom tendo qualquer protagonismo nem militar, nem social, nem económico, nem quaisquer outros.

Nesta altura é o Reino de Asturies o importante que lhe passa a testemunha a Llion e esta finalmente a Castilla. Durante toda a Idade Média a Gallaecia é um objecto passivo nos acontecimentos da parte cristiã da península, e passa a ser um “Reino” pontualmente duas ou três vezes por acidentes políticos que se reencaminham da mão de Reis com interesses llioneses ou castelans (que finalmente vinha a ser o mesmo). Ser Rei de Galiza (a Galiza entendida territorialmente como a de hoje, nom como a Galécia real daquela altura) é como nom ser nada e normalmente nem se nomeia na historiografia geral peninsular porque os Reis da Galiza som Reis muito pontualmente ou som segundons sem transcendência histórica. Tudo em funçom de Castilla (ou Castilla-Llión), é mesmo o termo “Reino da Galiza” um título noviliário como chegam a apontar.
* A independência do  Condado Portucalense conta-se como um acontecimento que tem “algo” a ver com a Galécia.
* Algum Rei chamado o Sábio deu-se-lhe curiosamente por escrever em galego porque era esta umha língua muito linda e poética mas esse rei era castelám e a língua por excelência de toda a historiografia oficial é a de Castilla falada pelos personagens realmente importantes como o Cid, ou o Rei do qual era bom vassalo como Afonso VI, também castelám, mas mal Senhor porque nom defendia os interesses castelans.
* Os séculos XIII e XIV som séculos de luitas dinásticas entre Reis e revoluçons sociais, mas nada se diz do lugar que ocupa a Galécia em tudo isto, as autênticas motivaçons, interesses, apoios e projectos da Galécia nestes séculos. Também nada se diz do que o Reino Portugal faz a respeito do Reino da Galécia.
* Os Reis chamados Católicos, Isabel e Fernando, foram os que “domaram e castraram” Galiza mas também som os que lhe dam glória e “unidade a Espanha”. Há alguns que mesmo defendem na Galiza a conversom da Isabel I Trastâmara de Castilla em beata como primeiro passo para a sua ascensom a Santa.
* Nos chamados Séculos Escuros (de final do S. XV até a chegada de Napoleom à península) só há história económica, a história política está reservada para a Coroa de Castilla ou o Reino da Espanha que vinha ser o mesmo. Galiza era um país de labregos e marinheiros sem qualquer poder político e por algum personagem mais conspícuo do que os outros porque serve à Coroa.
* Durante os séculos XIX e XX Galiza só achegou escritores e galeguistas que nom andavam metidos na política e por isso foram importantes. Todos eles sentiram-se muito ”espanhois” e o galeguismo é um pensamento mais do que nada cultural embora tivesse umha expressom regionalista que o espanholismo assume com normalidade.
3 – Qual é o paradigma galeguista?
Diz-se habitualmente que a história é contada sempre pelos vencedores. Neste caso, o paradigma galeguista é o que nom triunfou e é por isso pelo que para além de nom ser oficial, nem se ensina, nem se acredita nele. Mesmo as provas, as evidências, os documentos, os textos e as pessoas que os exponhem tenham da sua parte toda a autoridade e a veracidade.
* Antes de Roma o N.W. peninsular estava habitado por um povo proto-celta matriz dos celtas do mundo Atlântico. Assim é como no-lo demostram os estudos de várias universidades britânicas seguindo estudos genéticos e mesmo a moderna Teoria da Continuidade Paleolítica de Mário Alinei, Francesco Benozzo e ainda o anteriormente o Professor galego André Pena Granha que já expus esta teoria, polo menos no que diz respeita ao Noroeste peninsular vários anos antes do que fosse exposto polos professores italianos, mas como na Galiza tudo passa pela peneira centralista nacional-espanhola nom houve forma de que transcendesse.
* A língua dos chamados galaicos era a mesma e ocupava todo o Norte e o Oeste da península até o Tejo aproximadamente. Portanto, o galaico era já anterior a Roma. Roma só dividiu pelo Douro com o fim de dividir para vencer aos Galaicos. Prova importante para isto é que nas guerras lusitanas participassem tropas galaicas. Se os galaicos forem outro povo muito distante aos que estavam no território que os romanos chamarom Lusitânia essas guerras não seriam da sua incumbência e portanto nom participariam.
* Durante a ocupaçom romana, a Gallaecia foi umha das províncias do império mais sucedidas economicamente, culturalmente e do ponto de vista artístico sendo o elemento indígena fulcral. Figuras como Prisciliano, Egéria, Paulo Orósio, e Idácio Lémico foram prova da importância da Nossa Terra. A figura de Prisciliano poderia equiparar-se a outras paralelas dentro do mundo céltigo e atlântico como Sam Patrício, Sam Davide ou Santo André. Aliás, Prisciliano, pode dar pistas a respeito do fenómeno Jacobeu já que há quem assegura que quem realmente está (ou estava) em Compostela nom era Sam Tiago, mas Prisciliano. As provas nom som determinantes, mas a lógica leva por esse caminho.
* Os suevos, um povo germânico dos mais evoluídos e “romanizados”, constituíram na Gallaecia, a zona mais rica e desejável para eles da península, o primeiro Reino independente de Roma com um projeto militar e político de unificaçom peninsular com capital em Braga e com o apoio, colaboraçom e implicaçom dos galaicos que o sentiam como seu. A importância dos mesmos é grande: Com eles a Gallaecia constituiu-se no primeiro Reino medieval da Europa; foram os primeiros em emitirem moeda, o Sólidus suevo; os primeiros em legislar, administrar e construir um Estado; o primeiro Reino cristiã após Roma; os criadores da mal chamada “letra visigótica” já que na realidade começou a existir na Gallaecia antes da chegada dos godos; os criadores da primeira arte pré-românica com elementos, como o chamado arco de ferradura que na historiografia castelam-espanholista diz-se visigodo; os primeiros em assumirem o cristianismo católico antes do que qualquer outro povo germânico, por isso a sua aceitaçom pelos galaicos. Na historiografia castelam-espanholista diz-se que foram os visigodos os primeiros em aceitarem o catolicismo...


* Durante a unificaçom suevo-visigótica a Gallaecia manteve a sua personalidade política e administrativa, cultural, social e económica, contrariamente à ideia castelam-espanholista dum Reino unificado visigótico com capitalidade centralista em Toledo e primeira amostra de Estado Espanhol que eles queriam. Os Reis tinham o título de “Reis de Hispania, Gallaecia e a Galia” entendendo que a Gallaecia e a Hispania eram realidades monárquicas diferentes (ainda que colhendo partes étnicas diferentes). A Gália num princípio ocupava a actual Ocitânia para posteriormente ficar só na Septimánia ou Narbonense.
* A entrada dos muçulmanos na península deve-se à chamada dos vitizanos galaicos. O domínio muçulmano do Reino de Hispania excluía por definição a Gallaecia fazendo desnecessária qualquer intervençom militar por parte destes por contarem com o apoio dos seus aliados vitizanos que eram quem tinham o poder na Gallaecia. Posteriormente a Gallaecia manteve um valeiro de poder no conjunto do País, mas governado por régulos de entre os que haveria que salientar os das Primórias, nome que se lhe dava naquela altura às comarcas do actual oriente astur e que levaram a iniciativa na posterior unificaçom de toda a Gallaecia. Da territorialidade da Gallaecia suevo-visigótica, só a regiom conimbriguense fez parte da Spânia Regnum (ou Al-Ândalus) para posteriormente ser recuperada e volta a perder por várias vezes por e para o Reino de Gallaecia.
* O nome do “Reino de Asturias” ou “Reino de León” nom é o que está recolhido nos documentos andalusis, carolíngios, papais, germânicos, anglo-saxónicos, bizantinos e escandinavos. O nome que figura neles é o de “Reino de Gallaecia” ou mais justamente em latim “Gallaeciense Regnum”. Dentro dos textos peninsulares, só uns poucos safaram da manipulaçom posterior do século XIII e posteriores. Os outros, redigidos muito posteriormente aos eventos que narram nom som fiáveis.
Segundo Anselmo López Carreira, autor do livro “O Reino Medieval de Galicia” editado por “A Nosa Terra” em 2005 diz-nos nas páginas 131-133 que autores como Barrau-Dihigo consideram fiáveis muito poucos documentos da época chamada asturiana (711-910). De 68 diplomas, só 19 são autênticos “ou le paraissent”, dos quais só 5 som originais, os outros 14 parecendo fiáveis chegaram até os nossos dias em cópias antigas ou modernas, portanto susceptíveis de serem alterados. O professor Floriano, sendo considerado menos crítico considera 5 documentos autênticos de 15 estudados desde 711 ate o ano 799; de 800 até 866 recolheu 69 dos quais só lhe pareceriam autênticos 44, de 867 até 910 estudou 120 dos quais só 92 seriam autênticos. Posteriormente o Professor Floriano num segundo estudo chega a considerar que só 7 originais nos chegam do período astur depois de afirmar que “no llegan a medio centenar los conservados”. Diz-nos também o Professor Carreira que dos investigados por ele e dos 313 documentos apanhados da Catedral de Compostela, só 12 se transmitiram independentemente dalgum cartulário e menos do 2% são originais. As crónicas nom saem melhor qualificadas. O seu aproveitamento só é aceitável após umha grande poda. Inclusivamente as bases historiográficas nas que se baseia o castelam-espanholismo centralista como som as “Crónicas Asturianas” e chamada “Crónica de Afonso III” questionam o denominado “Reino Astur” e o seu valor fica relativizado pela intencionalidade política com a que foram redigidas. O seu fim era legitimar a autoridade monárquica exercida desde Ovedo. Mesmo o episódio de Covadonga só se pode interpretar em chave mítica.
* Os conceitos de “Reconquista” e “Repovoaçom” nom som interpretados igualmente pela historiografia galaica e a castelã. Para a castelã é a recuperaçom do território supostamente “nacional” perdido por conquista e invasom muçulmana, mas para a historiografia galaica nunca existiu um programa consciente durante a Idade Média de ocupaçom da Espanha muçulmana, nem um processo cronológico continuado de conquista. Desde a reunificaçom da Gallaecia após a entrada muçulmana até o século XI nom houve variaçons importantes de limites territoriais. Contrariamente houve variaçons desde a anexaçom de Toledo, momento desde o que começa realmente o avanço cristiã desde o Norte. Por outra parte “Repovoar” é interpretado para o castelam-espanholista como “tornar a povoar o que antes estava valeiro ou povoado com outras pessoas alheias dum ponto de visto étnico e que houve de expulsar para manter a uniformidade nacional”. No entanto, segundo a versom galaica a palavra “Repovoar” vem do latim originário REPOPULARE que vem sendo tornar a organizar um território, nom do ponto de vista demográfico mas do administrativo e do político.
* Segundo o paradigma galaico, o Reino de Gallaecia foi o protagonista da maior parte da Idade Média e o projecto de unificaçom hispânica, sem que isso signifique centralismo. Castilla surgiu quando esse projecto já estava encaminhado fazendo-se com ele e manipulando a historiografia. Para Castilla, a Gallaecia simplesmente nom existe, nem antes nem depois. Durante o Século XIII em adiante se vai levar a cabo por meio de determinadas pessoas com nomes e apelidos a eliminaçom do nome da Gallaecia dos documentos e o processo histórico leva a eventos que consolidam Castilla como a construtora do actual Estado Espanhol (8). A separaçom do Portucalense, a castelanizaçom de Llion e a uniom de Castilla com a Coroa de Aragoa, fecham o processo.
O Bispo Pelayo de Ovedo, Rodrigo Ximénez de Rada e Lucas de Tui foram os que levaram a cabo durante o século XIII o movimento de eliminaçom da palavra “Galiza e Gallaecia” dos documentos, refazendo-os, manipulando-os, destruindo-os, etc... A razom era o privilegiar Toledo como cidade principal tanto do ponto de vista religioso como político em detrimento de Compostela e ainda fortalecer o poder castelam-espanholista na península e debilitar o projecto nacional pan-peninsular dos galaicos.
* Os chamados “Séculos Escuros” enquadrados dentro da Idade Moderna para o nosso paradigma nom som tam escuros. Na Gallaecia houve vida política embora dependente e com vontade de recuperaçom em alguns casos. O maior e mais importante episódio desta época é o seu final, quer dizer, a guerra contra os franceses no que a Gallaecia de facto agiu com total independência, com o seu governo, o seu exército, a sua política fiscal e diplomática e de facto quem conseguiu com ajuda do exército aliado britânico a expulsom dos franceses de Espanha e a derrota de Napoleom. O nosso País foi o primeiro da Europa em ficar livre de tropas francesass. Infelizmente a ideia de fidelidade a um Rei fez com que essa independência de facto fosse cedida a umha monarquia quem poucos anos depois (em 1833) eliminaria o “Reino da Gallaecia” da cartografia, da legalidade, da diplomática e da nomenclatura para criar quatro províncias sem mais conexom entre elas do que pudesse haver com outras do novo “Reino da Espanha”.
* No que diz respeito da língua, o paradigma galeguista sempre defendeu a unidade linguística galaica e a necessidade da unificaçom e confluência entre as falas galaicas do Occidente hispânico. Há hoje um galeguismo que isso nom aceita, mas é o “galeguismo” oficial e dependente chefiado pela mesma ideia que gere o paradigma centralista. A origem da nossa língua está naquele “Gallaeciense Regnum” medieval que se quer negar desde Castilla e ainda naquele “Galaico” ou “Proto-Galaico” do século X do que nos falam Bouza Brey, Risco, Carvalho Calero ou Rodrigues Lapa está mesmo a origem do castelám que nom é mais do que umha variante oriental extrema do galaico-oriental (Astur-llionês) em contacto com o substrato basconço. O termo inventado “galego-português” nom é mais que a variante que os nossos vultos denominam como galaico-ocidental “Galego”. O famoso “Mio Cid” nom está redigido originalmente em castelám medieval porque este nom existia, mas em navarro-aragonês (vascom do sul) como nos dizem mesmo prestigiosos autores “Espanholistas” como Rafael Lapesa ou Alonso Zamora Vicente. As chamadas “glosas emilianenses” e “glosas silenses” origem do castelám segundo nos contam na escola, no liceu e na universidade nom estam em castelám, é em navarro-aragonês, dialecto basconço e catalám. O castelám originário (dialeto cántabru) antes de mesturar-se com as línguas morarábigas e hebraicas, é umha língua que se elabora a partires das falas de contacto entre o galaico-oriental (ou astur-leonês), o basco e o navarro-aragonês que era umha fala emparentada com o vascom e o catalam. No tema da língua o castelam-espanholista agiu do mesmo jeito: destruindo documentaçom, manipulando informaçom e reduzindo o protagonismo da Gallaecia e do Galaico.
4 – Porque isto é assim?

Para o espanholismo construidos polo castelam, a funcionalidade deste paradigma é político-ideológico. Com esta forma de contar as cousas, o histórico imperialismo castelám procura justificar a sua hegemonia na península e para isso nom lhe é obstáculo falsificar a história, tanto mais se a Gallaecia foi quem chefiou originariamente o projecto de unificaçom hispânica que hoje leva sobre si a própria Castilla com o nome de Espanha.
Fomos concorrentes e mesmo, acreditam, ainda poderíamos sê-lo se nos identificarmos com o mundo galaicófono chefiado polo Reino de Portugal, já que por aí viria um acréscimo de forças que como mínimo fariam que os nacional-espanholistas visse em perigo a sua hegemonia centralista peninsular.
Essa manipulaçom de factos históricos, essa forma de fazer da Gallaecia um ninguém é umha maneira de desidentificaçom com ela própria e com a sua família etno-linguística para debilitâ-la e mesmo anulâ-la.
A cultura castelã hoje é forte na península e nunca por parte dum “cidadam português” devia haver um ideia iberista, porque tenhem a teima de que Castela como foi na história continuaria o seu labor assimilador. A força do Estado Português, o que ainda fica daquele projecto nacional galaico, estaria em debilitar o actual ideário Castelám centralista, e essa debilidade está na aliança com a Galiza e o galeguismo. Isto, juntamente com estreitar laços de amizade e colaboraçom com as outras naçons da península, incluido a dos Castelanistas de bem (A Castilla assassinada em Villalar que dixo Castelao), es os ainda nom castelanizados fariam com que o hegemonismo castelam centralista nom chegasse muito para além
5 – Conclusom

Se a Galiza se identificar linguísticamente e mesmo históricamente com os povos que conformam a sua família faria com que as forças tornassem a ela. Isto só nos ia trazer benefícios de todo tipo: políticos, económicos, sociais, culturais... por isso devemos saber agir cumha estratégia ajeitada mesmo sem poder político galeguista na Galiza que poderia tornar às nossas mans mercê a essa inércia e sinergia. Qual seria essa estratégia?
1. Ligaçons com o mundo céltigo que reforçassem a ideia de Pátria da mesma e partilhando interesses atlânticos. Isso ligar-nos-ia com as Ilhas Britânicas e nom só o mundo céltigo, mas também o mundo anglosaxon, curmãos germânicos. Assim como com o resto de naçons europeias, mas sempre as afinidades por diante. Da mesma maneira que tentariamos a unificaçom do território antergo de estirpe celto-galaico, a Kallaikia/Gallaecia, sem que isso signifique o apagamento dos irmans Asturicenses (Llion,Asturies,Miranda) ou dos Bracarenses (Portucale, Aveiro, Mondego...)
2. Ligaçons com o mundo galaicófono, com a galeguia, da qual também somos Matriz. Também isto achegaria benefícios já que pela nossa língua e os nossos recursos humanos estaríamos muito bem situados em relaçom a outros povos em vias de desenvolvimento. O nosso relacionamento nom seria o dumha regiom periférica, mas de ônfalon à par do Estado Português e Brasileiro com a força suficiente para evitarmos agressons culturais às que hoje estamos expostos. A relaçom seria possível para fazer nós com a nossa política o retorno dos arianos do Brasil ao seu lar natural, Europa. Se queremos que no futuro Gallaecia e Lusitânia sejam duas províncias/naçons do Império bem diferenciadas, necessitamos ter contacto e relaçons com os mesmos, aproveitando o idioma que tenhem que é o nosso.


Neste vídeo visualiza-se claramente o exemplo de ETNOCÍDIO pacífico,
a teima em uniformizar-nos (quer dizer fazer castelanizar), e por mala fe ou desleixo TODOS SOMOS CÓMPLICES.