domingo, 17 de novembro de 2013

Terrorismo ecológico sem castigo

O terrorismo ecológico perpetrou-se novamente contra esta naçom atlântica que, no seu tempo, fixo parte dumha civilizaçom tam antiga como esquecida que nos levava da Escandinávia até a Berbéria. Naçom de tradiçom que hoje olha a sua velha face manchada novamente de lodo negro velenoso e assassino como o sangue daqueles que realizarom e colaborarom em tal crueldade.

 Desta vez foi um ato criminoso realizado com premeditaçom, aleivosia e noturnidade manifesta na opacidade e falsificaçom dumha informaçom que nom corresponde com a realidade do maior desastre e atentado realizado contra o meio natural, o povo e as gentes que nele e dele vivem como sempre fizerom os povos dignos, sóbrios e nobres.

 Só há um responsável de tal ignomínia, o estado criminoso espanhol a serviço da usura sionista internacional, além dum povo galaico que no canto de receber a pedradas os próceres e vice-reis designados e enviados por Madrid e Bruxelas para manter e sustentar a sua administraçom, recebe-os entre aplausos e vivas na esperança de que estes senhoritos voltem quitá-los da miséria e do abandono entre foto e foto cum fundo tétrico.

 O caso do Prestige é a gota que enche o copo, já nom podemos falar de imprudências, de más gestons ou incapacidades manifestas como causas desta setença, senom que devemos exclamar claro e alto que se trata dumha açom controlada de agressom contra um povo que segue manter-se etnicamente compacto sobretudo nas suas gentes de mar e campo. As evidências que asseguram isto molestam-nos, a total despreocupaçom das autoridades coloniais competentes, acçons políticas que contravinham as informaçons técnicas, o caso mais flagrante nos o dá o fato de que a empresa contratada para rebocar o navio petróleo recomendou às autoridades que se levara o navio à terra, ao atoparem-se muito próxima da costa, fechara-se numha doca e transvasara-se a sua mercadoria, mas nom, passeou-se o navio em diagonal direçom sul-oeste desde A Costa da Morte buscando realizar o maior dano possível no ecossistema marítimo galaico, único meio de vida de milhares de galaicos étnicos que era a palpável evidência de que este país seguia a existir. Nom somente é isto, mas que se careceu de todo tipo de meios técnicos como os empregados na Bretanha (naçom irmã tam castigada como a nossa, por ser diferente, por ser existente) há quinze anos no caso do derramamento do Erika, dissolventes químicos, barreiras flutuantes em quantidade abundante, nom a ridiculez de 18 quilômetros de barreiras flutuantes para 400 de costa afetada, ou barcos sugadores de petróleo para mitigar a mancha no mar antes de que chegue à costa. A Alemanha oferecera-nos um destes barcos, o governo sionista espanhol tardou 5 dias em aceita-lo, e agora tampouco há castigo, umha vergonha para rir e nom chorar.

 Os fatos som esclarecedores, as evidências convincentes, esta nom é senom umha mais dum contínuo de agressons contra a naçom, planejadas, dirigidas e atuadas pelo estado sionista espanhol, hoje como ontem ao serviço da usura, hoje sob a forma dumha partidocracia usurária catódica emanada do liberalismo franquista, e ontem sob a forma duhma monarquia absoluta e universal judeu-católica que impuxo os seus realíssimos e ávidos desejos à sangue e fogo, por aqui e por lá. Toda umha teatralizaçom do derradeiro ato dumha patética obra, que para eles, os quais nos submetem, é umha comédia, e para nós, os submetidos, é um drama. Umha obra que alguém, no seu tempo, chamou Doma e Castraçom do Reino da Gallaecia, e é que os filhos bastardos dos quais nos domarom agora nos querem castrar, diluindo a etnicidade dum povo através da emigraçom massiva que esta desgraça programada trairá, como já o trouxo toda a modernizaçom agrícola e pecuária que despovoou dramaticamente Lugo e Ourense, bastiom do orgulho nacional deste país, e agora só faltava reamatar com as gentes do mar que ainda se resistiam à total assimilaçom da universalidade e modernidade; a base de rirem-se deles.

 A guerra contra o homem que trabalha a terra e o mar com as suas mãos nom rematará até que o derradeiro destes seja exterminado, porque a nobreza, o orgulho, a lealdade e a sobriedade que dá o nascer, ser criado e viver daquilo que nos dá vida foi proibido, tudo deve ser artificial, falso e covarde.

Este tempo em que ainda vivo, 
É o tempo dos monstros
Mascarados de santos. 
E eu não sou monstro, 
Nem contemporizo com monstros,
Nem me solidarizo com monstros,
Nem me calo diante de monstros... De Alfredo Pimeta