sexta-feira, 29 de março de 2013

A natalidade percebida como umha decisom exclusivamente pessoal

«Os galegos, no melhor dos casos, só querem dous filhos»


A popular conselheira de Trabalho e Bem-estar Beatriz Mato considera que nom som conscientes do drama demográfico que isso supóm

Beatriz Mato, sinala que os galegos nom som conscientes do drama demográfico e por isso incide em que há que sensibilizar sobor este «problema» porque umha enquisa feita polo seu departamento em 2012 revela que perto do 90% somente teriam um ou dous filhos como máximo na «melhor» das suas situaçons.

Galiza situa-se como a terceira comunidade com o índice de fecundidade mais baixo do estado espanhol, por detrás de Asturies, ao situarse no 1,07, longe da média de substituçom geracional, que é do 2,1, dacordo com dados recentes do Instituto de Política Familiar (IPF). É dizer, a Gallaecia do estado espanhol tem o índice mais baixo do mesmo.

A sondagem ao que se refire Mato realizou-se sobor 1.400 homens e mulheres da Galiza de entre 18 e 65 anos o ano passado, e dele, aponta a responsável do departamento autonómico, sacarom-se duas conclusons relevantes, que à cidadania preocupa-lhe o desemprego, a corrupçom e o médio ambiente, mas nom a natalidade; e que esta nom se percebe como um bem social, senom como umha decisom única e exclusivamente pessoal.

«Mas há algo que me chamou poderosamente a atençom», explica numha entrevista Mato uns dias depois de que o Conselho da Junta aprova-se o Plam de Dinamizaçom Demográfico, é que «perguntados por qual seria o número de filhos que teriam na melhor das suas situaçons, tendo equilíbrio emocional e todos os recursos que necessitan para que a sua vida seja plena, é dizer, sociais e económicos, pois no melhor dos cenários mais do 86% di que nom passaria de dous filhos».

Neste sentido, a conselheira, que tem dous filhos -o maior cumpre 16 anos o luns e o pequeno tem 12- entende que há «um componhente socio-cultural importante» e pontualiza que dous filhos é a taxa de fecundidade que se necessita para um sistema sostível,mas na Galiza o índice por mulher fértil é baixo, «e evidentemente na Galiza dísta-se dessa cifra do dous, cifra que situa-mos no melhor dos cenários».
Neste sentido, assegura que é necessário fazer ver à sociedade que «aqui temos um problema, que nom é sostível no tempo», «e nom o imos viver provavelmente nós em primeira pessoa mas si vai afectar diretamente aos nossos netos e talvez também aos nossos filhos».

Fai fincapé, assí mesmo, no programa que lidera a Junta, e no feito de que «por primeira vez na história do nosso país e de todo o estado há um governo que quer ser o motor».
No entanto, nom chega, aclara, e avança que é necessário captar a empresários, sindicatos, a outras administraçons, em definitiva, a todos os agentes sociais e económicos, «porque se nom estamos todos e isto nom se mantém no tempo, governe quem governe, dificilmente vai ter éxito».

As medidas, sostém «devem-se pór em marcha já mesmo» para que se vejam os froitos a médio praço e lembra que nos países que tenhem umhas taxas de natalidade altas a mulher participa muito activamente no mercado laboral, «mais que no Estado Espanhol».

Destaca este apontamento pola teoria existente no estado espanhol, di, de que a entrada da mulher no mercado laboral frea a maternidade. «Isto nom é assim, nesses países nom ocorre», mantém, e cre que a soluçom para que aumente a taxa de fecundidade nom é a dumha ajuda pontual: «nom pode ser hoje dou-che 2.400 euros e já, nom, ou tens umha ajuda de carácter fiscal ou umha ajuda de prestaçom dum serviço que seja prolongado no tempo ou, senom, nada tem éxito». Isto tal qual está enfocado o caminho no sistema actual, mas se umha "ama de casa" fosse tido em conta como um posto de trabalho pagado ajudaria muito neste problema.

Mato entende isto dentro de «a lógica», um contexto no que situa igualmente a estratégia de prevençom no envelhecimento activo, outro assunto na folha de ruta da sua carteira. «Queremos que seja a legislatura na que se tomem medidas que nom sejam paliativas e curativas, senom preventivas, é dizer, evitar que se caia na dependência o máximo possível».

Assim, está a elaborar-se umha estratégia que se apresentará em breve em base à qual da orde de 4.000 pessoas desde agora e até o 2020 «nom cairám ou poderám evitar a dependência».

No pacote nom só se inclui lezer e estimulaçom da memória, também achegar aos serviços, que sejam de proximidade, «que os nossos maiores nom necessitem sair das suas casas, da sua contorna, para ser atendidos nem para ter muitos dos recursos» que necessitam.

«Há que sinalar -matiza Mato- que isto, que é o que deve ser, é especialmente custoso na Galiza, porque a nossa comunidade tem umha dispersom das mais altas do Estado, e nom é o mesmo achegar-lhes os serviços aos vizinhos da Castellana em Madrid, que aos das parróquias do Courel», exemplifica.

Cre Mato que se visualizou o envelhecimento em positivo, «e os nossos maiores derom-nos e seguem-nos a dar liçons. Neste momento, excepto no caso das pessoas que por umha razom ou outra tenhem umha degeneraçom física ou mental que non lhes acompanha, estamos perante um colectivo muito activo».

Em quanto ao emprego, a principal preocupaçom, Mato sublinha que no 2012, Galiza do mesmo jeito que o estado, rematou cum negativo no crecimento do PIB, mas em 2013, se as expectativas macro-económicas seguem a ser as mesmas, esta Comunidade «conta com falar em números negros» no relativo ao crecimento da economia.

Cauta, repara no entanto em que a repercusom direita sobor o emprego será «neta», e «fale-mos com honestidade», quando se criem mais postos de trabalho dos que se destruem, «e essa circunstância só se dá quando o crecimento do Produto Interior Bruto supera o 1,8».

«É quando se pode falar de crecimento neto. No ano 2013 começare-mos a falar de números negros, em 2014 também, e em 2015 tentaremo-nos achegar a essa cifra eu creio que é factível, se todo o de ao redor segue igual, insisto».

Mato apela ao diálogo social, a «reeditar» esse compromisso que levou a Galiza a ser «um referente» na passada legislatura.

«Esperemos que poidamos voltar caminhar nesta legislatura também, outra vez, no mesmo sentido, e aquí aproveito para fazer um reconhecimento expresso ao traballo ingente que fizerom empresários e sindicatos. Ao seu compromisso e responsabilidade com Galiza. Prefirirom unir esforços e nom gerar crispaçom», conclui.