Pormenor do mapa elaborado por Modesto
Lafuente para a sua obra "Historia General de España".
O autor primeiro transliterou do árabe
o nome do reino ali representado como "JALIKIAH" e
posteriormente traduziu-o para o castelám como "Reino de León".
Isto ocorreu em Barcelona (Gothalaunia), no ano 1850.
Modesto Lafuente era de Palência (Castilla). Estudou em Lliom e Valladolid, foi condecorado com a Cruz de Isabel a Católica e foi nomeado membro da "Real Academia de la Historia".
A sua obra principal, aquela "Historia General de España" (1850-1867) em vinte e nove volumes é considerada a obra paradigmática da historiografia nacionalista espanhola liberal (progressista e contrária ao absolutismo) do século XIX. O seu objetivo foi a criaçom duma consciência nacional espanhola (sei-que nom existia) estando muitos dos seus mitos vigentes na atualidade.
Umha história inventada dende o
começo, ao igual que o estado português fixo com o sul da
Gallaecia. O triste é que nas escolas e licéus, as crianças andam
a estudarem estes mapas e os discursos que há por baixo deles,
enquanto os irmandinhos ou os reis da Gallaecia, por pôr somente
dous exemplos, ficam reduzidos a meio parágrafo.
A maior parte do mal chamado
nacionalismo galego “de esquerda” dos derradeiros 50 anos
esqueceu ou preferiu nom dar a batalha neste terreo. Cecais
entendendo muitas das vezes que já a Geraçom Nós fizera todo o
trabalho e que havia pouco que descobrer ou desmentir. Mas também
houve umha parte deste "galeguismo" que prefiriu deixar a
umha beira a história galega e optarom de forma consciente, por
subscrever os princípios historiográficos do nacional-espanholismo.
Estes "desmitificadores" que
combatem supostos mitos do galeguismo sem mover um dedo contra os do
espanholismo, estes okupas que se auto-proclamam “nacionalistas”,
som parte responsável e muito responsável de que ainda hoje as
mentiras do nacional-espanholismo sejam divulgadas sem mais no ensino
académico galego e galaico.
Ainda assím, o espanholismo segue
sendo consciente de que esta é umha parte muito importante para
justificar e perpetuar a consciência nacional espanhola. É por isto
que ainda estes dia vemos novas como a do actual ministro de interior
que vai-se encarregar que “Se enseñe la misma historia de España
en las diferentes CC.AA” história da sua Espanha centralista e
liberal, logicamente. Mentres tanto para a maior parte dos
professores, mestres e associaçons pedagogicas galegas, asturiana,
leonesa e portuguesa; o tema da história, do ensino da história
própria desde umha vissom historiogáfica galaica nom é
prioritário.
Saim também no mapa em vermelho os
“Campos Góticos”, que como saberedes eram chamados Campus
Gallaeciae (campos galaicos), que foi primero topónimo
documentado que alude a esta comarca campesinha. Documenta-o o Bispo
de Chaves Hidacio Lemico no seu livro "Hydatii Lemici
continuatio Chronicorum Hiero nymianorum" na página 30.
Posteriormente também é nomeada assim por Sanchez Albornoz nos seus
"Fuentes para el estudio de las Divisiones eclesiásticas
Visigodas" na página 53 do número 1 no Boletín da
Universidade de Santiago en 1930.
A paciência temos que pedir aos deuses
quando o que supostamente é sempre reino de Asturias, logo de León
resulta ser Gallaecia, Galizuland, Gallicea etc nas crónicas
francas, britânicas, vaticanas, escandinavas etc. Quando nom mesmo a
muitas testemunhas peninsulares da época. Pretender justificar a
mentira e deturpaçom "noventayochista" em base a
supostos pantasmas expansionistas galaicos é simplesmente ridículo.
Nom é só que os muçulmans chamassem Gallaecia ao território
cristam;é que os próprios reis do que a Historiografia espanhola
denomina "reino de León" diziam-se eles mesmos serem REIS
DA GALLAECIA.
Hoje Gallaecia é umha naçom dividida
em dous estados peninsulares, e dentro do Espanhol em três CC.AA.
Está a ser DESTRUIDA a consiência em todo âmbito: étnico,
cultural, linguístico, económico, patrimonial, ecológico,
populacional etc... inclusivamente a sua História a qual é
distorcida,quando nom apagada direitamente. Está habitada por umha
maioria de pessoas sem qualquer consciência nacional e os partidos
políticos que se dim nacionais só pensam em termos eleitorais,
tendo-se perdido muitos anos na imprescindível laboura de
conscientizaçom e trabalho de base.
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