por Christian Bouchet
A denúncia mais lúcida que puidem ler, estes derradeiros meses, da política favorável à imigraçom, seguida, dende umha quarentena de anos, polos governos do estado francês, de direita ou de esquerda, nom saiu da esfera "nacionalista". Muito ao contrário, descobri-na num sitio web “de esquerda “, o do semanário Marianne.
Baixo o título “Imigraçom: por qué o empresariado sempre quer mais?” , o contribuidor anónimo da versom em linha deste jornal, nom vacila em escrever que a imigraçom é umha arma do grande empresariado para “pagar aos asalariados sempre menos” .
Esta explicaçom seria algo banal baixo a minha pluma, mas é, ao meu modo de ver, todo um acontecimento que se atope baixo a de um jornalista chamado de "esquerda". Isto demostra que alguns deles abrem os olhos por fim, ainda que seja tarde.
O mesmo artigo merece umha atenta leitura, e da-nos numerosas muniçons para o combate político diário.
Depois de ter lembrado que o presidente Pompidou reconheceu, pouco antes da sua morte, que abrira as portas da imigraçom em no estado francês a petiçom dos grandes patronos, desejosos de poder goçar dumha mam de obra numerosa, dócil e barata, ademais de reduzir os ardores reivindicativos dos trabalhadores do estado francês, entom mais sindicados que actualmente, o jornalista de Marianne exclama que “corenta anos mais tarde, nada semelha ter mudado” . E insiste no feito de que “as chamadas à imigraçom venhem sempre polo mesmo lado, e sempre polas mesmas razons”. A única diferença que sinala é que as cousas empioran e que todas as profissons estám agora concernidas, incluido aquelas que demandam longos estudos como os ingenheiros ou os informáticos.
O artigo insiste seguidamente no feito de que os informes da Comisom Europeia, do Medef ou do Business Europe (o Medef europeu) nom deixarom dende faze várias décadas de apelar à petiçom de cada vez mais imigraçom. O mesmo ocorre com o informe Attali de 2008, pedido por Nicolás Sarkozy, quem entre as 300 medidas que preconiça reclama umha aceleraçom da imigraçom.
Mais interessante ainda, o periodista de Marianne da-nos acesso a extractos do informe de finais de 2009 do Conselho de análise económica (umha estructura que informa ao Primeiro ministro em matéria económica, é dizer o seu estatuto oficial!), titulado “Imigraçom, calificaçons e mercado do trabalho” . Este informe explica primeiro que na economia, a noçom de “penúria” da mam de obra num sector de actividade determinado de trabalhadores extrangeiros nom tem sentido num período de desemprego, engadindo que o “facto de que alguns nativos rejeitam certos tipos de emprego simplesmente pode significar que os trabalhadores tenhem melhores oportunidades antes que ocupar estes empregos, e disso que os salários correspondentes deviam aumentar para que foram enchidos”. Dito claramente, umha penúria de mam de obra forma-se quando um sector oferece-nos os salários julgados suficientes para voltar-se atractivo. Neste caso, em lugar de aumentar as remuneraçons, o empresariado pom toda a sua interesse em criar umha penúria, que colmará indo a outro lugar a por umha mam de obra disposta a aceitar salarios menores. É a conclusom à qual o informe chega sem ambiguidade: “no caso do mercado do trabalho, isto significa que no sítio da imigraçom poderia-se contemplar umha subida do salário dos menos qualificados”.
Todo isto confirma-nos nas teses que defendemos neste sítio web dende faze muitos anos. Isto confirma-nos também o papel de auxiliares dos grandes empresariados das diversas organizaçons esquerdalhas e mendicantes que militam para facilitar a entrada e a acolhida dos imigrados no nosso país. Polo mesmo, isto permite-nos comprender e explicar claramente por que Sarkozy ou Besson, nesta matéria, jamais faram nada sobor o fundo – é dizer contra a imigraçom – e contentaram-se com actuar sobre a forma, por exemplo legislando sobre o burka ou denunciando a poligámia.
E quanto a nós, este artigo deve devolvernos a os nossos fundamentos: a luita contra a imigraçom e nom contra o Mundialismo, o combate contra o mal que nos roe e nom contra as suas manifestaçons accesórias. Os que nom o comprenderam e se deixaram levar na deriva islamófoba, chegaram a ser os colegas da direita, dos esquerdalhos e os mendicantes progressistas. Como esses, sejam os parvos úteis do grande capital, do Medef e do sistema Sarkozy.
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