sábado, 17 de setembro de 2011

Paulo Bragança - Sou galego


Das terras da Rosalia às terras de Miguel Torga
percorre o ar a cantiga que todo o povo recorda
das Beiras a Trás-os-Montes, dos rios Mondego ao Minho
o perfume da Galiza, de giesta e flor de pinho

Mil anos do mesmo sangue num passado sem fronteiras
o fumo das chaminés nas memórias das aldeias
gaita de foles Galega, Adufeiras da Idanha.
cantamos em Mirandês, lingua que nom nos é estranha

sou Galego, ai, sou Galego
sou Galego até ao Mondego
moiro escuro t'arrenego
da Galiza até ao Mondego

vindimamos o suor por tradiçom e castigo
som irmas no seu destino, rias de Aveiro e de Vigo
e ha tanto calor humano ao redor de uma fogueira
à lareira vinho tinto, requeijom, broa caseira

e a guitarra de Coimbra, gaita de foles Galega
som os sons da nossa alma aos quais o Norte se apega
caminhos de Santiago, trilhos, veredas, clareiras
cantamos ao desafio ao fim da tarde nas eiras

sou Galego, ai, sou Galego
sou Galego até ao Mondego
moiro escuro t'arrenego
da Galiza até ao Mondego

sou Galego, ai, sou Galego
sou Galego até ao Mondego
moiro escuro t'arrenego
da Galiza até ao Mondego

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