sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Mandela; convertindo um terrorista em heroi



Que o cinema é um instrumento de opressom ideológica e de lavado de cerebro nom é nenhum segredo para ninguém. E se nom que lho digam ao cinema do estado espanhol, que vem fazendo exactamente isso. No estado espanhol, malfeitorias como a da "memória histórica" jamais teriam sido possíveis sem a manipulaçom de massas que supuxo o cinema do estado espanhol nos derradeiros anos. Isto acontece também a nível internacional e um bom exemplo disso é a película Invictus, que da umha imagem completamente distorcido dum dos iconos da progressia, e também dos liberais, de todo o mundo: Nelson Mandela. A película supom umha séria tentativa de consolidar ao antigo líder do Congresso Nacional Africano (CNA) como um ídolo moderno.

 Clint Eastwood relata em Invictus o triunfo da equipa de Suláfrica de rugby liderada por François Pienaar na Copa do Mundo de Rugby. O triunfo fica associado à figura de Nelson Mandela, que da aos membros da equipa os uniformes verdes e amarelos, símbolo da "Nova Sul África" post-apartheid. O hábil gesto de Mandela ganhou-lhe apoio de muitos sulafricanos brancos e conseguiu que boa parte da povoaçom identificara a Mandela com as cores nacionais. Sem embargo isto nom é todo, já que tam só tratava-se dum mero gesto no océano da violência marxista que asolava a Sul-África de entóm.
A película edifica toda a sua estratégia de manipulaçom sobor os estereotipos já recurrintes no cinema e nos meios polo geral, muito empregado na guerra de propaganda que certas forças, especialmente interessadas na progresom da Nova Orde Mundial, empregam contra o mundo Indo-Europeu. Nestas coordenadas, pronto resulta evidente que trás de Invictus, umha película magistralmente levada e de enorme beleza cinematográfica, há umha clara intencionalidade política.

 Primeiro, o mais surprendente é a maneira no que o triunfo é vencelhado à figyra de Mandela, naquela altura só um astuto político mais ao serviço do imperialismo soviético. A sua estratégia de apoio à equipa de rugby, em contra das intençons do seu próprio partido, constituiu um movimento genial que, se bem aparece na película, ignora deliberadamente o contexto complexísimo da África do Sul de entóm. Eastwood nom pode, nom pode honradamente, separar a figura de Mandela com os trinta anos de terrorismo e violência por parte do seu CNA. Neste sentido, a película recorre a reiterados flashbacks do encarceramento na ilha de Robben, um lar onde, segundo a película, semelha que Mandela foi para pola sua oposiçom ao apartheid. De maneira sub-reptícia, agocha-se que outras personagens do Sul Africano de entóm, como o bispo Desmond Tutu, opugeram-se igualmente ao apartheid sem ter sido encarcerados. Entom, por quê foi encarcerado Mandela? O feito é que Mandela nom recebeu sequer o apoio da Amnistia Internacional já que, pese a cometer numerosos crimes violentos, tivera um julgamento justo e foi razonavelmente sentenciado.

 Mandela era o dirigente do braço armado do CNA e do Partido Comunista de África do Sul, o célebre "Umkhonto we Sizwe". Achou-se culpável de 156 actos de violência pública que incluiam ondadas de atentados com bomba, muitos deles em lares públicos, como o atentado da estaçom de comboios de Johannesburgo. Pese a que o presidente Botha ofereceu a Mandela a liberdade em várias ocasons se renunciava à violência, o seu ofecerimento sempre foi rejeitado. A película transmite a idéia de que os negros tenhem todo que perdoar aos brancos e que esta é a fim da história. Nom se dize umha palavra das décadas de violência terrível do CNA nom só cara os brancos senom cara outros negros que nom pertenciam ao CNA. A África do Sul do apartheid, pese a todos os seus defeitos, atraia a milhons de trabalhadores dos estados vizinhos, muitos em poder de regímenes marxistas, malsucedidos e sanguinolentos. A película silência as bombas dos grandes armazéns ou inclusive em instalaçons nucleares, a supressom de críticos e opositores ou o terrível necklacing, a especialidade das liortas da CNA, no que a gente, com frequência outros negros, eram queimados vivos num neumático no pescoço acendido com gasolinha. Naquela altura, os terroristas de Mandela, assassinarom e torurarom a milheiros de labregos brancos para, mais tarde, reintegrarem-se no Exército de África do Sul actual, sem que nenhuma força internacional tivera pedido um "ajuste de contas" como se fixo com Chile ou Argentina. Por muitísimo menos do que Mandela fixo no seu dia, Hamas ou Hezbollah som tildadas de "terroristas" em todo o mundo "ocidental".

 Tampouco fala a película do apoio de Mandela e o seu partido a regímenes assim mesmo sanguinolentos como o régime castrista, o de Robert Mugabe ou o régime Chinês. Ainda que Invictus vencelha a vitória da equipa de rugby à figura de Mandela, nom fai igual, como corresponderia em justiça, com o crime galopante e a ruinha económica. Na película, só durante um momento Mandela olha os titulares dum jornal no que se fala do crime e a ruinha económica. Isto nom faze justiça em absoluto à situaçom real: de feito, durante 46 anos de governo do Partido Nacional, 18.000 pessoas morrerom em liortas, atentados ou em qualidade de víctimas da polícia ou o exército. O número contrasta com as 20.000-25.000 pessoas que morrem todos os anos na actual África do Sul, em tempo de paz, convertida num dos países mais violentos do mundo. Ademais, a África do Sul do apartheid, abominada por todos, achava-se entóm numha situaçom económica que hoje devia-se envejar: pese a estar naquela altura acosada polo bloco soviético numha ampla fronte subversiva e polas sançons dos EUA e os seus aliados, pese a soster umha guerra instigada dende Cuba na sua fronteira, o Rand era muito mais forte do que é hoje. A África do Sul de Mandela, sem nenhum desses problemas, é já um espantoso fiasco económico e deixou de sacar as castanhas do lume aos estados circundantes que, dito seja, contam com todas as bendiçons da comunidade internacional de "naçons" "democráticas".



 Para rematar, fica sinalar o giro copernicano imposto polo governo de Mandela no moral. De feito, precisamente ele e os seus camaradas do CNA som quenes legalizarom em África do Sul questons como o aborto livre, a pornografia e o jogo nas apostas. Nada disto sai na película, dende logo. Como tampouco sai, foi completamente distorcido, a importância que para os componhentes daquela equipa de rugby tinha a sua fé cristiã. Surprendentemente, e pese a que a película indica justo o contrário, é um feito constatável que aquela equipa orava antes logo de cada vitória no terreio de jogo. O próprio líder da equipa, François Pienaar, declarou numha entrevista à BBC em 1995 logo da vitória que, quando soou o assobio que indicava o final do jogo, "puxem-me de geonlhos. Som cristiã e queria dizer umha rápida pregáriapor achar-me naquele acontecimento maravilhoso e nom só por ganhar. De súpeto, toda a equipa estava ao meu carom, foi um momento especial".

 Todo este simplismo à hora de tratar a situaçom incomprensível sem conhecer o contexto africano de entom, a guerra fria e o papel do CNA, na subversom de todo o sul de África, só pode perceber-se como um acto de pura propaganda, encaminhada a fabricar um falso heroi à medida dos interesses da mundializaçom.

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