terça-feira, 18 de setembro de 2012

A tradiçom vista do Nacional-Socialismo (II)

AS UTOPIAS ORIENTALISTAS DA TRADIÇOM

Esta deformaçom de base leva ao assunto da "guerra santa" contra "si próprio", contra as tendências "inferiores" do homem. E daí a ideia de que a vida é umha renúncia aos "desejos", ao budismo... ao orientalismo.

Quase todos os pensadores da Tradiçom tiverom umha enorme tendência à renúncia, ao ascetismo e às doutrinas orientalistas, muito evidentes no budismo e em certas partes (somente em parte!) do hinduísmo.

A Ideia da renúncia como base da ledícia, do castigo ao corpo, inimigo interno, e da entrega à contemplaçom, é umha consequência clara do intelectualismo e do deísmo. Quem nom entende a Natureza e a Vida como algo som e ledo, quem nom olha em cada matéria a sua própria essência, sem mais níveis, é lógico que remate procurando o encontro com seu "eu" espiritual sem participaçom do corpo, ou seja a renúncia e o misticismo.

Daí a necessidade da prática de "métodos de realizaçom pessoal", a ioga, e às vezes a droga. Trata-se de disciplinas que libertem o "espírito" do mundo exterior, considerado o mal, técnicas alheias totalmente à personalidade espírito da raça branca, mas que som muito normais entre os orientais.

Umha parte destas técnicas basearam-se na contemplaçom e na ioga, outras no uso de drogas (tremendamente usadas no Oriente para conseguir estados de consciência artificialmente "isolados" do exterior).

Enquanto que na nossa raça o encontro com o eu realizava-se meiante a açom e a projeçom ativa no mundo, meiante o seu domínio, militar, científico, militante ou religioso, mas por fim sempre projetando no mundo, os orientais seguiram a Tradiçom na sua norma de se projetar em si próprios, no seu ioísmo interno. Surpreendem-nos assim com a sua capacidade de autocontrole, de ioga, de insensibilidade à dor ou de concentraçom estática, inclusive nas artes marciais o componhente ativo é ínfimo diante do componhente de "domínio do corpo". A Tradiçom promove umha mentalidade orientalista absolutamente distante da nossa raça.

Um oriental domina o seu corpo com as artes marciais, um ocidental empregava as artes militares para conquistar e projetar-se. A Tradiçom promove a contemplaçom contra a acçom, e nom entende a necessidade da sua interaçom. Na realidade há que entender a influência umha vez mais da psicologia nestas decisons. A maioria dos pensadores da Tradiçom som e eram pessoas de psicologia intelectual, pouco dados à acçom (com excepçons claro está). Umha vez mais levarom "o seu" desejo de contemplaçom à categoria de "bem". Paretto sempre!... o desejo e a inclinaçom pessoal leva a categorizar o bem e o mal, a hierarquizar, segundo esses desejos.

E cairia no mesmo erro se agora eu dixe-se que a contemplaçom é inferior à acçom. Nom me atreveria à isso absolutamente, pois seria umha vez mais projetar a minha psicologia ativista no mundo dos valores absolutos.

Nom, acçom e meditaçom som necessárias em proporçons diversas segundo os objetivos a alcançar. Nom há inferior ou superior mas sim duas capacidades necessárias. Há objetivos que precisam de acçom e outros de meditaçom, nom há hierarquia mas sim desigualdade.

AS VISONS UTÓPICAS DA HISTÓRIA

Sem dúvida um dos assuntos que mais claramente demonstram a base utopista, e histérica às vezes, da Tradiçom é sua concepçom da História.

Já tivemos denunciado muitas vezes os N-S as concepçons predefinidas da História. Todas elas, todas estam baseadas num utopismo intelectualista e anticientífico,  num deísmo.

O marxismo foi o primeiro em destruir brutalmente a realidade da História para fazer com que se ajusta-se à sua concepçom utópica dumha história dirigida pelas condiçons econômicas. Sem dúvida o marxismo causou uns danos imensos na ciência histórica, mentiu, falsificou, realizou todo tipo de ruindades para ajustar a história a sua "luita de classes universal". Jamais tinha chegado a reescrever de forma tam brutal a realidade para ajustá-la à um plano prefixado. G. Orwell já nos deixou essa ideia da História reescrita na sua obra 1984.

O progressismo liberal Ilustrado foi também outro dos grandes projetos de fazer ajustar a História a umha filosofia utópica, desta vez o Progresso. Milhons de pessoas continuam crendo que "progredimos" inexoravelmente e sempre. O que durante mil anos tornou de Roma a barbárie mais completa nom lhes faze duvidar... O progresso é inevitável. Que o mundo moderno tenha levado a Arte ou a Ética à ruína nom lhes influencia: progredimos.

O cristianismo assumiu sempre a ideia de que a História tem um final ledo, a vinda de Cristo e do Reino de Deus. E nem os mais claros sinais de que o mundo já nom acredita nesses contos lhes faz renegar de que a História tem já escrita a sua página final.

Assim a Tradiçom mantem essa tendência a usar a História como brinquedo das suas teorias. Agora trata-se da tendência cíclica da História, para cúmulo com adornos de esoterismo esquizofrênico, ao assumir os ciclos cósmicos e outras lindezas dumha visom mística do mundo. E a Tradiçom tem um efeito ainda mais negativo na sua concepçom da História: o pessimismo coletivo. A sua concepçom de final de ciclos, de Kaliyugas e outros mitos, fazem com que apresentem os desastres do mundo moderno como algo inevitável e inclusive desejável, como acelerador do caos que dará um dia o nascimento doutra Idade de Ouro. Sim, se aceita e promove a luita como umha atividade individual, como umha necessidade do indivíduo de luitar por luitar, para mostrar a sua oposiçom ao caos, mas nom como uma possibilidade de mudar o destino do ciclo, somente como um exercício a mais da "contemplaçom interior"... se luita como quem faz exercícios de judô, nom para ganhar senom para dominar o corpo.

A Tradiçom é a pior concepçom utopista da História porque promove inclusive a ledícia pola derrota que acelera a mudança de ciclo. Há pouco tempo um besta dizia-nos que havia que jogar os papéis no cham, havia que se unir ao lixo para assim acelerar o desastre final. Seguia de forma um tanto extremista a Tradiçom... (ou será a Traiçom?).

AS VISONS UTOPISTAS DO TRABALHO

A maioria dos pensadores da Tradiçom nom tenhem ou nom tiverom família. Nom tenhem nem ideia do que é manter uns filhos, devem crer que trabalhar é como um prazer que temos todos para nos realizar. Tenhem um pouco de semelhança com essas feministas que defendem energicamente o maravilhoso direito e prazer das mulheres de trabalhar tanto ou mais que o homem. Sempre me perguntei se essas mulheres falaram com as trabalhadoras das fábricas ou as nais que devem deixar os seus filhos para poder ir desfrutar durante 8 horas de limpar campos ou transportar caixas.

O anti-galego Unamuno dizia que quando pregava a negaçom de Deus sempre se surpreendia de que as gentes aplaudissem... Deus nom existe, isto é um fato, mas com certeza nom é umha ledícia. Pois o mesmo, a mulher tem direito a trabalhar, claro está, mas isso nom é nenhuma ledícia.

O trabalho, nem agora nem na Idade Média nem nunca, foi um prazer maravilhoso que nos realiza. O trabalho é umha necessidade natural para sobreviver. Há às vezes que se consegue que o trabalho seja realizador mas para milhares de pessoas é um aborrecimento diário.

Sem dúvida o mundo moderno conseguiu com que ainda seja mais lamentável o trabalho, mas nom temos que crer que os trabalhos dos labregos medievais fossem umha delícia.

A Natureza obriga-nos a realizar esforços para conseguir os meios de vida, cada qual vira-se como pode, uns com mais sorte que outros. E que venham os intelectualismos utopistas da Tradiçom e nos fale dum trabalho artístico ideal que forma e conscientiza as gentes demonstra que trabalharam pouco ou que nom têm umha família para manter.

Os trabalhadores, agora e antes, sempre, sentiram umha enorme angústia pelo futuro de seus filhos, por poder lhes dar de comer e vestir, por sobreviver. Trabalham como podem, mas ninguém lhes tira essa angústia. Há que ter crianças pequenas para entender a enorme responsabilidade que se sente ao ter que ser seu suporte. Quando um pai de família fica desempregado sofre autênticos ataques de medo e de horror. E isso nom é de agora, milhons de labregos "tradicionais" padeceram esse horror ao lhes falhar as choivas ou se perder as colheitas (era o desemprego doutras épocas).

Há pouco tempo comentava-nos um camarada que trabalha como varrendeiro numha Prefeitura, com família e filhos, que o seu emprego o dariam à outro com enchufismo (por recomendaçom de alguém importante)... Esse camarada nom quer um "trabalho artístico", quer comer, quer fazer progredir a sua família como seja. Os intelectuais da Tradiçom estam nas nuvens com sua visom utópica do Trabalho, com os seus discursos de pequenos burgueses bem-comentes. Recomendo-lhes seis filhos e um desemprego temporário para que despertem.

QUANDO SE BEIRA A TOLÉMIA

Se nos adicamos ao estudo intelectual, sabendo que é isso, e como exercício quase científico, os estudos Tradicionais sobre simbologia e as análises comparadas das tradiçons antigas dos povos, é sem dúvida um dos assuntos que mais nos interessaram do pensamento Tradicional. Realmente o estudo das simbologias nas culturas humanas é um assunto extraordinário, fantástico e que nos apaixona.

Além do mais, sem dúvida foi umha contribuiçom científica de primeira categoria dos pensadores tradicionais essa análise de simbologia, de tradiçons religiosas, de culturas semelhantes.

Infelizmente entre o milho nasce o joio. No meio dos trabalhos sérios de culturas comparadas, aparecem-nos as ideias míticas que se querem levar à realidade.

O Mito é rico na sua simbologia, no qual esboça de mentalidade e de inconsciência coletiva... Mas se se quer levar o Mito à Realidade, entom beira-se a tolémia.

Há pouco tempo em Corunha saiu umha campanha de Nadal contra o Papai Noel e à favor dos Reis Magos. O poster, umha maravilha da neurose "tradicional", dizia que os Reis Magos eram melhores porque "eram umha realidade histórica"... Incrível, suponho que queriam por umha "realidade histérica"!

Podemos assim ler em A. Medrano: "O berço da Tradiçom atopa-se na mítica Hiperbórea, o legendário continente ártico desaparecido há milênios, que foi o centro Espiritual Supremo do presente ciclo cósmico, assim como pátria de origem do gênero humano e no qual teve sua sede o paraíso terreno".

Incrível, alguém pode contar isto numha exposiçom dos Mitos Hiperbóreos, mas a dúvida é se realmente o crem como um fato real.

As Testemunhas de Jeová crem ao pé da letra os mitos bíblicos, e temo que a Tradiçom se deve acreditar, os Mitos Nórdicos de igual forma, como umha realidade.

Há que ter um valor semelhante ao dumha testemunha de Jeová para falar seriamente, como real, dum Paraíso Terreno num continente ártico, onde nasce o homem... E isso neste "ciclo cósmico", pois, claro está, houveram outros "ciclos cósmicos" dos quais nom temos nem ideia... Talvez aconteceram em Marte ou em um Continente de Conan o Bárbaro.

O NACIONAL-SOCIALISMO: UMHA REVOLUÇOM NATURAL E RACIONAL

Criticar é doado, construir nom tanto. Nom podemos pois por menos que demonstrar onde está a revoluçom N-S após ter deixado (talvez um tanto cinicamente) no seu site a nossa visom da Tradiçom.

O N-S é umga doutrina da naturalidade, nom defende ideias utópicas nem Verdades nebulósicas. O que é verdade e natural é N-S, assim de simples. A Verdade no N-S deve-se provar, é umha verdade sob prova da sua realidade e do seu funcionamento. A verdade no N-S submete-se ao caráter científico. O N-S apoia a arte e o espírito mas nom como um elemento infinitamente distante, senom como umha atividade do povo, das gentes, como umha realidade social. A História nom está escrita, deve-se ganhar, nom há deuses que deem garantia da vitória nem raças predestinadas a ganhar, tudo deve-se ganhar com esforço. Nom há ciclos nem finais ledos, há que luitar para sair da miséria atual, e haverá que luitar para se manter num bom estado. Se se faz mal se perde, sem mais nem menos, sem ciclos cósmicos nem idades de cartom-pedra.

O homem é um ser complexo, no qual se misturam indissoluvelmente elementos materiais e sentimentais, conhecimentos e umha espiritualidade natural... Tudo misturado formando o ser complexo que é o homem. A Natureza influencia em tudo, no que pensamos e sentimos, no elevado e no baixo, em defecar ou em pintar um quadro, tudo é umha atividade humana.

Com certeza nos opomos às utopias, ao igualitarismo, à reduçom do homem ao econômico, e às utopias deístas. O N-S aceita as religions e os deuses sempre que as religions nom se oponham à realidade e às necessidades do povo. Se as religions ajudam nesse trabalho de dar ao povo umha oportunidade de melhorar, bem-vindas sejam, se se oponhem há que renunciá-las.

O N-S nom é um produto dumha época, é a aplicaçom dos conceitos de naturalidade em qualquer época.

É muito provável que o pensamento tradicional seja de muita utilidade nalguns momentos, e por isso o N-S nom é combatente contra a Tradiçom. Mas com certeza nom se deve submeter um povo a nenhuma utopia, se os esforços por desenvolver e fazer triunfar o povo som favorecidos pelos tradicionalistas as relaçons seram positivas, se num momento umha utopia pretende se opor ao avanço dum povo em luita pola sua sobrevivência nom há que duvidar em destruí-la.

"O Nacionalismo é fundamentalmente umha reacçom vital que se opom às forças destrutora da nacionalidade, sejam estas interiores ou exteriores, próprias ou alheias"
Vicente Risco

Talvez umha forma evidente de olhar a diferença de "caráter" entre a Tradiçom e o N-S seria fazer umhas "vidas semelhantes" entre Guenon (o melhor pensador da Tradiçom) e Rosemberg (um dos mais destacados pensadores do N-S). Enquanto que Guenon morreu de velho, convertido ao Islam no Cairo, levando umha vida de ascetismo ioísta, isolado do mundo e mais ainda do seu povo, Rosemberg foi assassinado, enforcado, pelos inimigos do seu povo após ter luitado com armas em mãos como Representante do seu povo nos territórios do Leste. Ambos forom grandes intelectuais, ambos eram conhecedores das tradiçons raciais e culturais, ambos tenhem livros de grande interesse, mas a Tradiçom leva ao ioísmo, à contemplaçom interiorista e isolacionista, e o N-S leva a luitar polo povo real, na realidade diária de sobrevivência.

Alfredo Branhas, um dos clássicos do tradicionalismo galego, escreveu: ‘O conceito de pátria’ em 1891, já fala de naçom desde a sua óptica tradicional, romântica e católica da Galiza. Reclamava as liberdades antigas, ao tempo que arremetia contra a industrializaçom, o liberalismo e o capitalismo, reclamando a volta aos grémios Sem por isso deixar de lembrar-lhes a caste dos celtas aos galegos no seu Deus Fratresque Gallaecia, hino hoje sequestrado pola vermelhada independentista.


COMO BASEAR UMHA ÉTICA SEM DEUS?

É evidente que dificilmente poderemos dar valor universal e objetivo à qualquer planejamento se nom se aceita um Deus. Isso é algo do qual somos conscientes.

O problema é que a alternativa é dar valor à toda nossa vida e ética com base em umha mentira, num Deus indemonstrável, quando nom numhas religions completamente falsas.

Entre basear a nossa ética num subjetivismo naturalista, ou seja na nossa apreciaçom do decente e correto como algo integrado na Natureza, sendo a Natureza a única "verdade" à qual podemos nos referir, à Realidade e à Ciência, ou bem nos basear em mentiras, deuses sem fundamento algum racional, entre ambas posiçons sem dúvida decidimos por assumir a Verdade enquanto que seja demonstrável e racional, enquanto que se ajuste às leis que vemos na Natureza, da qual fazemos parte.

A Ciência, sem utopias, a Natureza e o senso comum étnico e pessoal som nosso único Norte objetivo. Talvez nom tenham a "bençom" suprema dum deus, mas polo menos nom teremos que mentir para determinar, mostrar e justificar esse Deus.

Além disso, ao assumir a Natureza assumimos as diferenças, entendemos as diferentes éticas e morais dos diferentes povos, nos aproximamos do etnicismo e da justificaçom do racismo como combate contra o universalismo e igualitarismo. Um Deus unifica-nos, e a Natureza diferencia-nos.

A LUITA NO MUNDO MODERNO

Temos que luitar para mudar o Sistema, nom há Deuses que nos assegurem a sua queda, nem ciclos que salvem a nossa raça, há somente umha luita até a morte pola sobrevivência.

A maioria dos pensadores da Tradiçom no estado espanhol venhem de antigos postos de CEDADE, de Nacional-Socialistas convencidos, que após a derrota grande da nossa luita ativista recluirom-se na Tradiçom.

O militantismo é umha forma dolorosa e às vezes ruim de luitar. Diante disso é muito tentador assumir umha via ioísta, isolacionista e espiritista, procurando pois "a salvaçom pessoal" numha "luita pessoal" na qual a vitória já nom depende do exterior senom de si próprio.

Compreendemos perfeitamente a psicologia que leva à Tradiço,m porque todos os militantes N-S tivemos enormes tentaçons do ioísmo interiorista.

Mas para o N-S o ioísmo nom tem valor, é a raça e o povo o que vale. É o futuro de novas geraçons da nossa gente o que há que salvar, nom a MINHA pessoa ou a MINHA salvaçom eterna. Nom luitamos para nos salvar senom para conseguir um futuro para o povo.

A Tradiçom é umha admirável forma de misticismo personalista, que eleva quem a pratica, a custa de arruinar as poucas possibilidades das geraçons de arianos do futuro... Ou talvez poderíamos dizer, um tanto em tom de brinquedo, que somente assegura o seu futuro no seguinte ciclo cósmico!

CONCLUSONS

Nom nos sentimos na posse de verdades indiscutíveis, e portanto assumimos o risco trabucar.

Na realidade se a Tradiçom se mostrasse um dia como um caminho real para tirar o povo do seu estado atual, nós seriamos os primeiro em pôr-nos nas suas filas... A nossa naçom bem vale umha Missa.

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