sábado, 22 de outubro de 2011

Os ideais da nova geraçom



O primeiro erro de muitos conservadores da direita reacionária está em atribuir à mocidade as fatídicas condiçons atuais da ética e dos valores essenciais.

Mas as novas geraçons estám precisamente livres dessa culpa primordial, que consiste em afirmar que elas tiveram-se degenerado, apesares dumha educaçom medianamente correta e de terem conhecido formas familiares de educaçom muito mais aceitáveis que as atuais. No entanto, os jovens nom conhecem formas tradicionais de viver, por terem nascido já imersos no sistema decadente capitalista e "progressista", por mais que seus pais tenham tido ao menos certa forma de valores de disciplina, honra e/ou espiritualidade, deixaram-se levar pela propaganda do sistema e a procura do prazer como único objetivo de vida.

Tem sido péssimo o exemplo dos reacionários e a comodidade dos chamados progressistas que os conduziram à situaçom atual. A mocidade é, pois, um produto dos valores mal-educativos e do mau exemplo da sociedade "democrática", com o seu materialismo econômico por umha banda (direita) e sua infame antiética por outra (esquerda).

Umha das formas mais claras de perceber esta situaçom está no modo com que as derradeiras geraçons mudaram, desde a sua corrupçom inicial, a umha lógica decadente estabelecida. Devem-se analisar os ideais das duas derradeiras geraçons, tendo como geraçom 35 anos, que é o tempo que vai desde o nascimento até a ascensom de certa direçom na sociedade da nova mocidade já formada e medrada.

Pois bem, se tomamos a geraçom dos anos 60 e 70, percebemos que naquele momento a geraçom culpada da aceitaçom dumha decadência posterior toma a decisom comprensível de procurar umha série de novos ideais, mas fazendo-o de modo errado.

Essa geraçom toma para si ideáis como o pacificismo e a militância de esquerda
(“paz y amor y no a la guerra” era o protesto feito pelo Vietnam, mas nunca pelo Tibete), unido a umha liberdade total do sexo, a procura do prazer material (drogas, sexo, dinheiro), a luita social marxista nos seus aspectos mais estranhos (feminismo de classe, sexismo revolucionário, música para noites de sexo e orgias), o desejo de igualdade (em tudo, menos no dinheiro), ídolos que como Che, Lenon, Chaplin, rockeiros em geral ou artistas do cinema, que nada tinham a ver com o modelo pessoal humano – tratava-se, na verdade, dumha arte manchada, com a única justificativa de rachar com o clássico.

Apesares de todo o rejeitamento nosso a estes temas, deve-se admitir que essa geraçom possuía ideais – nom os teriam ainda comprovado, desconheciam o seu baleiro, levando-os sob pressom dos meios de comunicaçom, intelectuais e financeiros, triunfantes em 1945.




Por isso, aquela geraçom assumiu os seus ideais novos com paixóm autêntica, com idealismo, de forma que foram extremos em tudo. A droga tornava-se um meio político; o sexo livre era um protesto; a rebelióm universitária de 1968 levava-lhes às barricadas e pedradas. Discutia-se em salas de aula. Nós nos pegávamos por ideais nos passeios universitários, trancas e varas em todos os lares, como vivemos várias vezes. Eram ateus sinceiros, nom por dissídio, só pelo princípio de ruptura com as igrejas. Os galegos aplaudiam a Vaamonde ou a Prada (com cançons preciosas, diga-se de passagem) entre as quais jamais se falava de dinheiro ou reclamaçons econômicas, só da defesa de ser galego.

Mas certamente aquele que planta lixo, recolhe excrementos. Com a melhor ilusom, umha geraçom foi enganada pelo marxismo e pelo capitalismo mesturados, naquilo que se chamou de progressismo, tendo trabalhado e luitado por ideais que eram as sementes criadas por seus instigadores.


Assim, quando esta geraçom evolui e colheu certos poderes, aqueles jovens de Juventudes Comunistas, Comunas de orgias sexuais, Anarquistas libertários, Liga Revolucionária, Maoístas e drogados de festas, acabaram como ministros, atrizes pornôs ou funcionários do neo-capitalismo e progressistas de salóm, ocupando com paixom prefeituras e os espaços urbanos; advogados de negócios, muitos ministros e altos funcionários econômicos da Europa capitalista e maçônica atual, que antes tinham sido comunistas raivosos que levavam a imagem de Che ou Mao nas suas camisolas.

A geraçom que foi mal-educada, segundo seu ideal de “nom à autoridade”, “nom ao castigo”, “relativismo... deixar fazer” unida a seu exemplo de traiçóm de todo ideário, vendendo-se ao dinheiro e ao poder, é a mocidade atual.

E constata-mos que todos os ideais daqueles anos de 60 e 70 já nom existem mais entre eles. A droga já nom é mais a rebeldia, senom um prazer e vício. Os jovens já nom querem mais saber de nada que remeta à luita contra a autoridade. O sexo é o prazer sem mais profundidades. Som ateus por preguiça, sem ter meditado um minuto a respeito disso. A arte nom lhes é importante – nem o moderno, nem o outro. Os seus cantores prediletos nom sabem nem o que dizem (pois somente lhes interessa a dança e o ritmo alucinante). Estudam para ganhar dinheiro, nom para protestar por nada. Os jovens que trabalham, fazem-no porque nom existem outros meios (nom por luita de classe nem ideais proletários). O Che transformou-se numha marca de vestimentas. Os Rollings vendem a sua marca aos elegantes e suas cançons de protesto som empregadas em anúncios de colônias e perfumes da moda. Os militantes de partidos procuram cargos ou influências, e os que nom ganham dinheiro som tidos como perdedores.

Se um jovem pede honra e trabalho no PSOE de hoje, será como quando um monge no ano 1200 pedia pobreza ao Papa de Roma – um pobre iludido, candidato à expulsom. (Nota: Partido Socialista Obrero Español)

A nova juventude perdeu todo o ideal que nom está no dinheiro e em viver bem. Nom existem utopias nem ideais. Os mesmos que se sacrificam anos para ganhar posiçons ou ter um currículo profissional, jamais se sacrificaram por nada “dos outros”, por algo idealista.

O anti-militarismo de entóm converte-se num desentendimento total do tema, fazendo com profissionais ocupem-se de combater o Iraque ou qualquer outro alvo apontado pela OTAN. Pois para a mocidade, nada disso importa.

A mocidade atual nom é má. Simplesmente nom tem ideal, pois aquele, dos seus pais, foi um fraude. E assim, nom conhecem a outros e nem desejam conhecê-los. Sequer luitar ainda por algo.

Já nom há luta de geraçons como a que havia nos anos 70 ou 80. Hoje os jovens nem sequer brigam com os pais, pois já os passaram à procura de dinheiro.

Quando lemos alguns dos textos sobre o ideal Nacional-Socialista dos anos 30, vemos a enorme ruptura que se deu em 1935, como nom foi umha derrota militar, foi umha destruiçom dumha concepçom de mundo.

Podemos ler num texto de Carl Cerff, dirigente das Mocidades Nacional-Socialistas sobre “As nossas tarefas culturais para as horas livres da juventude”:


“De nós, partem todo tipo de sugestons para a educaçom sadia da mocidade: seja meiante a sua participaçom nos cursos organizados, realizando-os em lares convenientes, recomendando-lhes livros bons, ou por meio de jogos, concertos, cinema, teatro etc. Procuramos também – e acima de tudo – que os nossos moços e moças empreguem o seu tempo livre aprendendo a tocar um instrumento, pois nom há nada tam apropriado como a música para dar ao tempo livre um caráter elevado e grandioso para a vida. A música desperta na mocidade os sentimentos da beleza e nobreza. Na organizaçom do tempo livre para cada indivíduo, damos grande importância aos jogos de mesa, principalmente ao xadrez e outros similares, os que nom somente servem de propagaçom de valores à juventude, como também de excelente estimulante espiritual”.


Ou bem:

“Nós nos opomos àquela parcela de jovens que se separam intencionalmente, com sentimentos de inimizade, comum à vida dos adultos. Pois a mocidade deve estar incorporada ao conjunto da vida cultural germana, em ânsias culturais e os esforços que somente ela é capaz de realizar”.

Quando ouvimos falar do “Serviço Estudantil”, onde milhares de estudantes voluntários substituíram no trabalho a um labrego ou umha nai, para que estes pudessem ter umhas vocaçons extras.

Isto soa-nos como umha profecia, quando diziam sobre o sistema democrático: “A formaçom do caráter e subordinaçom da cultura individual às necessidades vitais do povo, eram conceitos desconhecidos ou rejeitados radicalmente”.

Podemos comprovar que os ideais daquela geraçom tiveram produzido resultados bem distintos dos atuais. Procuravam umha elevaçom espiritual e cultural dos jovens, nom a sua ledície por prazer, só pela ledícia de cumprir os deveres e superar-se como pessoa.

Hoje semelharia umha utopia quitar as crianças das consolas ou do computador para que passassem a gostar de teatro ou caminhar na natureza.

Luitamos para que um dia umha nova geraçom volte a procurar ideais, que lhes dê nojo a decadência e a burguesia atual dos progressistas e seu miserável egoísmo – que seja umha geraçom que procure um mundo novo: este é o grande perigo para o sistema. A nova mocidade em cada geraçom.

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