A
polémica que os políticamente correctos criam sobor a filiaçom
ideológica do nosso intelectual reaparece periodicamente. Nos seus
debates xordem problemas irresoltos na política do país.
Passou
médio século da sua morte e quase cem anos da sua obra mais
influínte, Teoria
do nacionalismo galego.
Sobor Dom Vicente Risco publicarom-se livros apologéticos, estudos
críticos e ataques furibundos. Também adicouse-lhe o Día das
Letras, em 1981, e a sua nouvelle
satírica O
porco de pé
é leitura obrigatória em secundária. Mas a figura do intelectual
ourensam, coraçom da Geración Nós nom descansa. O debate arredor
das implicaçons ideológicas do seu pensamento rexorde
periodicamente e adoito faze agromar problemas nom resoltos da
cultura e a política do país. O derradeiro round
começou a pé feito dum artigo do palhaço palheiro-judeu* Suso
de Toro
no jornal estatal “El País”.
"Na
série Xente
de aquí
intento oferecer um imaginário para o nosso país cum sentido
ideologicamente criativo",
argui De Toro, "e
a tese da mesma é a minha interpretaçom do país. Dentro desse
propósito, considero que Risco ocupa demasiado espaço no discurso
nacional galego e, dende logo, no discurso nacionalista".
No texto “Vicente
Risco, tráxico bufón, intruso perturbador”
o judeu De Toro traçou um aberrante retrato do ourensam e criminalizou-no pola sua simpatia polos Nacional-Socialistas Germânicos logo de viaxar
ao grandioso Berlin dos anos trinta.
Para surpresa nossa, o historiador Beramendi explica com certa indignaçom que "Isto está ja contado muitas vezes, o que passa é que neste país niguém le a ninguém". O historiador, prémio estatal por “De provincia a nación”, lembra que Risco "foi o teórico mais importante do nacionalismo de pre-guerra e todos bebem dele, começando por Castelao". Um dos pontos de fricçom nos mal chamados nacionalistas, justamente é decidir se há ou nom vários Riscos.
"Derivou cara à extrema direita, ainda dentro do nacionalismo galego, mas longe da Teoria do nacionalismo do ano 20", afirma com palavras suas o senhor Beramendi, "mas no fundo existe um só Risco com diferentes modulaçons". O ensaista progre Antón Baamonde situa a um dos cerebros indiscutíveis do primeiro galeguismo político no contexto cultural europeu no que se forma intelectualmente. "A começos do século XX, o nacionalismo em toda Europa é fondamente conservador", sinala como desculpando-o, "esse é o mar de fundo".
Nom só Vicente Risco mira-se no espelho dos movimentos genuinamente nacionalistas como de Maurras e Acçom Francesa ou de Nietzsche; assim como do movimento Nacional-Socialista Germânico. Também os seus companheiros de geraçom como Pedrayo e Cuevillas, faze-no justo no minuto antergo a se integrar nas Irmandades da Fala. "Mas quando Risco faze a conversom ao nacionalismo galego, segue a manejar esses mesmos códigos; há umha continuidade de fundo em todas as suas etapas" engade Baamonde.
Som as viagens pola
Europa e a conmoçom do genocídio bolchevique o que atrapa a Risco
no vendaval da história e faze-no reafirmar no nacionalismo genuino.
"Decata-se do que
sucede em Europa e oferece umha resposta ideológica a umha mutaçom
radical do mundo",
considera o filósofo Francisco
Sampedro, outro, quanda a
profesora Olivia Rodríguez,
dos que entrarom em discusom a partires de “Tráxico
bufón, intruso perturbador”.
E essa reacçom consiste numha “Galiza
idílica dominada pola Igrexa”,
opina, “no que os labregos
som o grupo social dominante, pero sempre supeditado a umha elite".
Neste sentido de classe, a Olívia opina igual que o Beramendi e
Sampedro, como a esquerdalha clássica, “O
homem culto, erudito, ao tanto das vangaurdas artísticas, treme o
combate obreiro e o que se deriva da Revoluçom francesa. Igual que
todos os reaccionários",
sinala Sampedro, "porque
é a morte do rei, a morte de Deus feito carne".
"A luita de classes
agudísima que ve no continente asusta-o e vira à direita",
dize Beramendi e continua “ao escolher essa banda da barricada que
derregava Europa, Risco afasta-se dum partido, o galeguista, e o seu
movimento, inequivocamente republicano e escorado cara ao centro
esquerda”.
Beramendi
auto-censura-se, pois Risco nunca foi de esquerdas para virar
logo à direita, pois ao igual que o PG inicial era de pensamento de
direita clássica tradicionalista e conservadora. Beramendi omite
dizer isto na entrevista, pois conhecemos a sua interessante obra “De
provincia a nación”, que pese a ter o seu toque tendencioso
esquerdalho, é umha boa obra para qualquer interessado na política
do páis e onde sinala ,sem outro remédio, as origens do PG e como
vai virando à esquerda meiante as lógias marxistas, da mesma
maneira que fixo Castelao.
É curioso como alguns
persoeiros como o judeu Mendez Ferrín aproveitam para dizer
que Risco, da mesma maneira que admirou o Nacional-Socialismo e optou
polo bando Franquista na guerra , ao mesmo tempo também voltou-se
um nacional-espanholista, e que abandonou o galeguismo para sempre,
empregando argumentos tam ridículos como o de escrever alguns dos
seus livros em castelám. Para eles a esquerda que apoiou a Fronte
Popular (também espanholista), a genocida URSS, e em definitiva a
ideologia mais centralista da história como é o comunismo também
no estado espanhol, nom era para nada sínómo de traiçom ao
galeguismo; algo com o que nós nom tragamos nem aceitamos, por nom
falar dos livros escritos em castelam por esses mesmos esquerdalhos
do PG incluido o Castelao, mas seria ridículo empregar o mesmos
argumentos ridículos e sem sentido da esquerda. Mas os que lemos a
história real e temos um pouco de objectividade sabemos bem o que é
a manipulaçom.
É nesessário explicar
porque um galeguista conservador da época apoia ao Franquismo na
guerra? É necesário explicar porque no caso de ser traidores,
seriam tanto os que apoiam ao Franquismo como à Fronte Popular?
Risco apoia o Franquismo confiando na rama tradicionalista/foralista,
católica e conservadora do Carlismo, pois era umha das ramas do
bando Franquista, que de ser escolhido em matéria etno-cultural,
conservaria as tradiçons galaicas sem entromisom do marxismo, que
era: internacionalista, anti-nacionalista, apátrida, classista,
anti-cristiam, urbanista, mesticista e no estado espanhol naquela
altura significava “centralismo nacional-espanholista”.
Se
a esquerda para-se um pouco a ler, mas como bem sinala Beramendi
“ninguem le a
ninguem”,
comprenderiam melhor à figura e pensamento Risquiam, e conheceriam
também que o intelectual apoia também num primeiro
momento a Ditadura de Primo de Rivera, pois considera-a umha
oportunidade para desmontar o sistema caciquil e aceita um posto de
deputado provincial em Ourense, todo isto naquela altura pensando
numha possível instauraçom dumha mancomunidade como na Catalunya.
Mas gente como Ferrín
nom nos engana, e sabemos que logo de louvar ao Nacional-Socialismo
na sua viagem polo centro de Europa, tam pronto chega a Galiza ,ainda
dentro do PG, aceita certos pactúos com a esquerda para evitar o
esgaçamento do próprio partido, algo que se faze insostenível mais
adiante e remata junto com outros camaradas formando a Direita
Galeguista em 1935.
Um dos melhores e
censurados livros de Risco é “Historia
de los judíos” onde
descreve perfeitamente ao povo judeu e mostra o seu conhecido
anti-semitismo, que já se entornava no Mitteleuropa,
e
que logicamente nom significou que tornara a espanholista polo mero
feito de estar escrito em castelám.
"É significativo que
depois da guerra Risco nom se aproveita-se do franquismo, ao
contrário que algúm colega seu da dereita galeguista como Filgueira
Valverde", explica sem
pelos na língua Beramendi, "ele
recolhe-se em Ourense e adíca-se à literatura".
É
entretido para nós, olhar como o escritor ourensano morto en 1963,
e a sua trajectoria político-intelectual seguem a provocar certo
confronto entre os galeguistas actuais. Para o judeu Suso de Toro,
"toca o nervo da memória galeguista instituida".
Beramendi, mostra-se
máis contundente, e lança um Zas!
em toda a boca: "O caso Risco está perfeitamente
estudado do ponto de vista historiográfico", expóm, "mas
existe um problema cultural. Paco Rodríguez foi o primeiro em tentar
negar a sua importáncia, porque a questom é como se usam as figuras
do passado bem para ganhar uns dinheirinhos, bem como metáfora das
liortas do presente".
Nesse ponto, Risco como
síntoma, coincide Antón Baamonde. "Ao ser o nacionalismo
contemporâneo unanimemente de esquerdas", aponta, "tratar
con ele trai polémica porque lembra a possibilidade de que exista um
nacionalismo de direitas" nós mais bem diriamos um nacionalismo
genuino de sangue e terra., que era o que ele defendia na prática.
Continua Baamonde contra a ignoráncia "tampouco muitos
nacionalistas conhecem o primeiro Castelao, por exemplo";
certo! pois é Castelao o que passa de convervador a marxista, sendo
ele quem vira realmente a camisola, e nom Risco. Conclui
tendenciosamente dizendo que "mitologizar um país leva ao
fascismo; esse foi o seu labor, ao cabo". É normal que a
esquerda tome como mitologia a Risco, e mais quando a mitologia
galaica foi confirmada pola genética e a historiografia recente;
realmente eles vivem num conto de fadas permamente, o seu conto de
fadas mesticista e igualitarista, por isso tomam a brincadeira a
nossa mitologia.
*O
apelido De Toro é de descendência judea; Touro. Para
evitar mais perseguiçons foi cambiado a Toro. Estabelererom-se em
Zamora e transformou-se em Del Toro e De Toro.
Escolma
dalguns textos que criam insónia
-
"Mística disertación na que se decrara o simbolismo
y-espiritual significado que ten a vida groriosa do Santo apóstol
San Yago, assí como a festa que hoxe principia a celebrare a nación
galega". (A Nosa Terra, Julho de 1920)
- "Eu bendigo a
endogamia, que se sole dar nos galegos que viven alén mar. Alédome
cand'un galego casa c'unh'alemá, c'unha inglesa ou c'unha irlandesa.
Dame tristura velo casar c'unha italiana ou c'unha turca. Creio na
seleución e na euxenesia, e sei as propiedades dexencrativas do
mestizaxe". (A Nosa Terra, Novembro de
1921)
- "É un feito
que non se pode discutir seriamente, que no pobo galego hai un
predominio marcado do elemento loiro centro europeo, como non sucede
en ningún outro pobo da Península. Na poboación rural, nótese que
tódolos rapaciños son brancos como a neve co cabelo loiro, case que
albino. Logo, o sol, o aire, no traballo constante da terra vólvelles
o coiro tostado e o cabelo escuro.
Non falo dos
caracteres craneanos, porque non se teñen estudado ben".
(Teoría do nacionalismo galego, 1920)
- "Outro
desviamento do nacionalismo é o que chaman fascismo. Tampouco a idea
fascista é ruín en si. [...] Coma movemento político é un
movemento nacional contra das causas da descomposición interna dunha
nación, e tende á concentración das forzas nacionais contra da
dispersión e quebrantamnento delas, orixinados polos partidos
políticos, loita de clases, manexos da alta finanza, relaxamento dos
costumes, etc. etc. E neste senso non é cousa ruín".
(Nacionalismo galego. Na revista Alento,
1934)
- "Temos, por
tanto, esas dúas coincidencias coa doutrina do fascismo: 1. O
pretendermos unha concentración das forzas galegas, contra das
loitas políticas, de clase ou de intereses particulares, pondo por
riba diso todo o ben comun. 2 O pretendermos que a organización e a
lexislación que rixan en Galicia se acomoden ao modo de ser da nosa
Terra". (Ibid.)
- "[A obra de
Marx é] la de un enfermo con trastornos fisiológicos, con un rencor
bilioso de psicópata y de temperamento hepático propio de la raza
judía". (revista Misión)
- "[o marxismo
como fe baseada no resentimento non é máis que] a envexa dos
d'embaixo os d'enriba, do que non ten ao que ten, do que non pode ao
que pode, do que non sabe ao que sabe". (Mitteleuropa,
1934)
- "[os obreiros]
minados por las propagandas democráticos, que les predicaban la
igualdad, la libertad, [las ciudades] destruían sus convicciones
religiosas y su acatamiento a las instituciones". (Ensayos
sobre el marxismo)
- "El híbrido
envuelve siempre un equívoco, cuya expresión es a veces, el
hermafrodita. El instinto(guía infalible para la vida) lo repugna.
Incluso el híbrido humano, el mestizo es justamente sospechoso; se
dice 'Dios hizo a los negros y a los blancos, y el diablo a los
mulatos' [...] la limpieza de sangre es un bien, el mestizaje un
regreso hacia el Caos". (Orden y caos,
1968)
- "...o
nacionalismo moderno galego deriva máis de Faraldo que de Brañas.
En troques hoxe, en doutriña política, resulta Brañas moito máis
moderno que Faraldo, que Murguía, que Vicetto, que todol-os
galeguistas do século XIX, un percursor de moitos antiparlamentarios
do noso tempo. Posto a carón de Duguit, de Sorel, de Sardinha, de
Maurras, dos mesmos comunistas, non somella Brañas tan anacrónico
coma somellaría o propio Pi y Margall, de quen proceden, eiquí
mesmo, moitos dos nosos nacionalistas de esquerdas". (A
Nosa Terra, Julho de 1925)
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